Ao longo do exercício da nossa profissão podemos sofrer vários riscos ocupacionais severos. Um deles é a diminuição da audição, devido aos vários tipos de ruídos que estão presentes no dia a dia do nosso consultório, tais como turbinas de alta e baixa rotação, compressor de ar, sugadores de saliva, bomba a vácuo, além de outros fatores externos. Os principais efeitos do ruído ocupacional na rotina do cirurgião dentista são: diminuição da capacidade auditiva, estresse, estafa, irritabilidade, nervosismo, cefaleia, tontura, problemas digestivos, queda na produtividade, alterações na pressão arterial e aumento no risco de acidentes.

Lelo et al. (2009)* avaliaram os limiares auditivos por meio da audiometria tonal limiar (ATL), em 30 cirurgiões-dentistas que atuam ha mais de três anos na profissão, com idade máxima de 45 anos. Todos os participantes passaram pelos seguintes procedimentos: anamnese, meatoscopia, ATL, logoaudiometria e imitanciometria. Os resultados mostraram que 27% dos cirurgiões-dentistas apresentaram queixa de zumbido, 30% de insônia e 37% dor de cabeça. Segundo os autores, tais achados justificam a necessidade da realização de exames audiométricos periódicos para evitar lesões auditivas ao longo de sua carreira e o uso de protetores auriculares para a manutenção da saúde auditiva e a diminuição dos sintomas associados, mesmo esse não sendo um EPI obrigatório. Os EPIs obrigatórios são: gorro, máscara, óculos de proteção, avental, luvas e sapatos.

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(*) LELO, N. M. V.; RICCO, F. F.; SABO, V. A.; NETTO, M. P.; RICCO. R. A. P. O. Avaliação do limiar auditivo em profissionais da Odontologia. Colloquium Vitae, p. 71-74, 2009.

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