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Pra começar, direi uma das coisas que mais me irrita na Odontologia: o termo ORÇAMENTO.

Sem preconceito, mas orçamento eu faço em loja de material de construção!

Se nós, como profissionais da Saúde, queremos ser respeitados no nosso meio e, principalmente, por nossos pacientes, precisamos saber nos VENDER.

Em vez de ORÇAMENTO, diga AVALIAÇÃO CLÍNICA INICIAL E PREVISÃO DE HONORÁRIOS. Com certeza, a partir daí, seu paciente olhará sua equipe de modo diferente e confiará a você os cuidados com a saúde bucal dele.

Assunto muito comentado, polêmico.

Cobrar ou não a primeira avaliação clínica dos seus pacientes?

Opinião pura e simples: SIM! Um valor simbólico, mas cobre. E explique, claramente o motivo: você e sua equipe possuem gastos fixos mensais, investimentos em materiais/equipamentos de esterilização e o conforto que ele vai encontrar na sua sala clínica: ar condicionado, música ambiente, decoração. Mostre a ele que ele é especial. E ser especial tem seu preço.

Ele, com certeza vai rebater: “Mas o Fulano de Tal não cobra!”

Nessas horas, 2 opções: ou você se rende ao apelo emocional do seu paciente e se iguala ao colega (que você não pode afirmar se realmente procede) ou você se posiciona e, de uma maneira elegante, deixe-o à vontade para procurar outro colega. Mas esclareça que, saindo dali, não se responsabiliza ou garante qualidade de serviços prestados.

Procuro oferecer ao meu paciente uma conscientização clínica através de postura profissional aliadas a procedimentos que o motivem a retornar aos MEUS cuidados. Atendo com carinho, pergunto o estilo de música que ele gosta, procuro deixá-lo o mais à vontade dentro do meu ambiente de trabalho. Afiro pressão, converso, procuro saber sobre a rotina dele e o motivo que o levou até ali. Depois, com procedimentos clínicos como profilaxia com pedra pomes e água e RX interproximais de molares, faço uma avaliação e previsão de honorários.

Não entrego o papel com os valores do procedimentos, se não aquilo vira folheto de mercado: ele vai, de porta em porta com o seu “orçamento”, fazer cotação de SAÚDE.

Anoto o valor total do tratamento, formas de pagamento e guardo os detalhes para mim.

Independente se voltar ou não, solicito uma radiografia panorâmica e explico: “quero ver se não deixei passar nenhum detalhe importante para o cuidado com sua saúde”.

Pronto.

Tem como isso ser GRATUITO?

Todo esse investimento em educação (entenda: faculdade, atualizações, pós graduações, cursos, congressos), equipamento/material odontológico, secretária, luz, telefone, aluguel, internet, TV à cabo?

Não…

Não tem.

Penso que, aos poucos, com jeitinho e UNIDOS vamos mudar essa realidade.

Cobre sim. Nem que seja um valor simbólico. Faça a profilaxia, dê um enxaguatório pra ele bochechar.

Mas mostre pra ele que você é o profissional que ele merece ter e que certos gastos são vistos e entendidos como um INVESTIMENTO PARA A VIDA TODA!

Veja o que outros colegas pensam a respeito:

Ortodontiaparatodos: Como Cobrar? Visão de Um Profissional Que Um Dia Não Podia Cobrar Consulta

Ricardo Dentista: Consulta Grátis: Como Isso Funciona?

OdontoBLOGia: O dia em que me dei mal por não cobrar a avaliação inicial




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