Um entregador agrediu uma dentista e tentou estuprá-la no Condomínio do Edifício Antônio Saliba, no Centro de Vila Velha, na manhã da última quarta-feira. O homem, que já era conhecido da vítima e fazia entregas de materiais no local, foi preso por agentes da Guarda Municipal, que foi acionada pelo síndico ao ouvir barulhos no consultório da dentista.
Após pedir um copo d’água, Júlio César Pereira deMorais começou a agredir a dentista e tentou roubar seu celular e notebook. Depois disso, tentou estuprá-la, segundo informou uma agente da Guarda. Diante da tentativa de estupro, a dentista reagiu e, então, o entregador pegou uma espátula que estava no consultório e fez um corte profundo na cabeça da vítima. O agressor foi contido após a Guarda chegar ao local.
A dentista estava tonta e sem acreditar no que o agressor havia feito. Ela não estava falando muito bem, pois estava sangrando bastante e com tonturas. E questionava: “Não acredito que ele fez isso comigo. Ele é um entregador do laboratório!”, relatou, ainda, a agente. A Guarda diz que o homem resistiu à prisão e estava bastante agressivo. Ele foi preso em flagrante e conduzido à 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, no mesmo município.
A vítima foi levada ao Hospital Praia da Costa, onde recebeu atendimento médico, e teve inúmeras lesões pelo corpo, em especial na cabeça. Segundo parentes, ela passou por exames de tomografia e radiografias. Durante a tarde, a vítima precisou ser levada para a UTI onde ficaria em observação. Para a família, a situação é revoltante. “Minha esposa apanhou muito, levou soco no rosto e até uma santa ele usou pra bater nela. Foi muita covardia e maldade o que fez com ela”, lamentou o marido da dentista, um fiscal de qualidade de 30 anos, que não quer ser identificado.
Já o entregador foi levado para o Pronto-Atendimento (PA) da Glória, e, em seguida, encaminhado para à delegacia, onde o delegado de plantão, Peterson Gimenes, autuou o suspeito nos crimes de estupro, roubo e tentativa de homicídio.
Não há mais segurança. Antes a gente tinha medo quando batiam a campainha do consultório e tinha gente sem hora marcada querendo fazer avaliação. Agora a gente tem que ter medo, até, do entregador do laboratório, da dental, da distribuidora de água mineral. Aliás, o estuprador não é, via de regra, “aquele cara que a gente conhece”? Então.
Força aí, colega.
Via G1
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