É o que afirma um estudo fresquinho publicado no Journal of Dental Research, com coleta de amostras em aerossóis gerados durante procedimentos odontológicos e análise microbiológica por técnica molecular.
A conclusão é curiosa: a saliva teria potencial irrisório (possível, mas improvável) de transmissão do coronavírus em procedimentos geradores de aerossol. Segundo a pesquisa, o maior potencial de contaminação vem dos líquidos refrigerantes das peças de mão, que passam pelas tubulações, e têm uma microbiota própria. Uma explicação para essa conclusão é que o alto volume de irrigantes e a aspiração promovem a diluição da saliva no spray, o que contribui para que a carga biológica do spray seja muito próxima a zero.
Com isso o artigo quer dizer que o risco de transmissão do Sars-Cov-2 e de outros patógenos de doenças respiratórias durante o atendimento odontológico é… baixo.
Então, ao que tudo indica, os cuidados habituais de biossegurança dentro do consultório odontológico já são suficientes para garantir a segurança do paciente e da equipe de saúde bucal durante o atendimento.
O estudo conclui, também, que o uso de enxaguatórios é importante para o controle microbiano do ambiente bucal de forma prévia ao atendimento.
Os achados desse estudo corroboram os baixíssimos índices de contaminação em equipes de saúde bucal que temos presenciado.
Se for isso mesmo, boa notícia, né?!
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