Esqueletos e fósseis achados em Dmanisi (Geórgia, na Europa Oriental) trouxeram à tona fatos interessantes. Pesquisadores analisaram mandíbulas de seres humanos que viviam em localidades próximas e, como “vizinhos”, tinham hábitos e dietas semelhantes. O que variou na amostra foram suas idades, revelando coisas inesperadas.
Uma das mandíbulas era de um precoce usuário de palito de dentes. Isso ficou claro pelo dano causado à estrutura óssea e dentária por proximal (ver imagem). A outra mandíbula aparentemente pertenceu a um indivíduo idoso, quase edêntulo, que viveu bastante apesar da sua péssima dentição. A teoria é que, mesmo na pré-história, seres humanos cuidavam uns dos outros, pois ele (ou ela) só pôde sobreviver porque outros membros do grupo pré-mastigavam a sua comida (ou davam outro jeito de torná-la mais mole e comestível).
“A idade dos indivíduos não pode ser estimada, pois há diferenças entre o desenvolvimento do antigo gênero Homo e do humano moderno, isto é, não temos como saber o quão rápido eles se tornavam adultos, como os homens de hoje. Mas é possível estimar a idade com base no desgaste dos dentes. Quanto mais gastos, mais velho é o indivíduo”, diz uma das autoras do estudo, Ann Margvelashvili.
Tá, vai… o “palitador” pré-histórico tá perdoado, afinal de contas naquela época não existia fio dental. Mas VOCÊ que mantém esse hábito em pleno século 21… tsc tsc tsc 😉
Fonte: Folha Ciência
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