Pesquisadores da Universidade de Zurique descobriram uma nova substância capaz de controlar eficazmente a dor causada pela neuralgia do trigêmeo.
O que é a neuralgia do trigêmeo?
A neuralgia do trigêmeo é uma dor lancinante, em metade da face, que dura alguns segundos e pode ser desencadeada por estímulos sensitivos simples, como escovar os dentes, comer, uma rajada de vento ou o toque. A dor pode se parecer um choque, uma pontada ou uma agulhada, e é de tal intensidade que frequentemente leva a pessoa a procurar atendimento hospitalar.
O nervo trigêmio é responsável pela sensibilidade da face desde a parte frontal do couro cabeludo até o queixo, e pode ser dividida em 3 “faixas” (V1, V2 e V3). A dor geralmente irradia por 1, 2 ou 3 destas faixas, sempre respeitando a metade do rosto.
O que a pesquisa descobriu?
Os sinais de dor atingem o cérebro através da ativação de canais de sódio localizados nas membranas das células nervosas. Quando a dor trigeminal aumenta, um canal de sódio identificado como “1.7” apresenta maior atividade. O bloqueio desse canal de sódio por um anestésico local, por exemplo, inibiria a dor. Mas na neuralgia do trigêmeo, o problema está na base do crânio, que é uma região difícil acesso para injeções locais, o que acaba exigindo tratamento com remédios.
Porém uma nova substância chamada carinhosamente 🙂 de BIIB074 foi testada na pesquisa, e essa substância inibe a atividade do canal de sódio 1.7. Melhor: quanto mais ativo esse canal de sódio estiver, mais fortemente ele será bloqueado pelo BIIB074. Não que esse bloqueio antes não fosse possível com fármacos, mas ele era total, o que resultava em efeitos colaterais de sobrecarga.
“Ao contrário dos medicamentos convencionais, que muitas vezes causam cansaço e problemas de concentração, o BIIB074 não só foi eficaz, mas também muito bem tolerado. Vamos agora testar a nova substância em muito mais assuntos durante a próxima fase de estudo, o que irá revelar se a nova esperança de alívio da dor mais eficaz é justificada”, explica o especialista Dominik Ettlin.
Leia o artigo aqui (em inglês)
Via Science Daily
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