Diariamente abrimos nossos e-mails, checamos nossas redes sociais, fazemos novos contatos e PESQUISAMOS!
Mas, em contra partida, lidamos com o seguinte fato: JOGOU NA REDE, NEM SEMPRE É PEIXE!
Ao lidarmos com Saúde, vemos disponíveis nas páginas de buscas, ítens diversos sobre SAÚDE, MEDICAÇÃO, MATERIAIS e, pasmem, ATÉ AULAS ONLINE!
Quem de nós já não teve um paciente “Google“?
Aquele paciente que já chega no seu consultório com diagnóstico do caso e planejamento clínico? Vai saber se, até mesmo, com uma noção de honorários e investimentos que fará, pelo simples fato de encontrar tais informações disponíveis na Internet?
Não sei se há qualquer tipo de legislação a respeito do assunto.
Mas o que ocorre é que, quando esse meio de comunicação/integração não é usado de forma sábia e inteligente, podem ocorrer problemas sérios.
Auto-medicação, por exemplo. Se “clicarmos” no “Google” a palavra Amoxicilina, por exemplo, encontraremos informações relevantes aos profissionais de saúde, trabalhos científicos, publicações de importância clínica. Saberemos como interpretá-las e usá-las a nosso favor e em benefício do nosso paciente! Mas o leigo, aquela pessoa que, não menos instruída que nós, mas não apta e sem os conhecimentos básicos e, até mesmo, os curiosos, farão uso da substância porque, ao mesmo tempo, encontram bulas, preços e, até (em casos específicos), conseguem comprá-los pela Internet!
Nesse momento, nós Profissionais, precisamos ter um jogo de cintura absurdo pra lidar com esse tipo de paciente. Porque ele acha que sabe tanto quanto nós e, além de nos causar situações constrangedoras, podem prejudicar nossa atuação profissional.
Quem controla as coisas que são colocadas na Internet?
Algum órgão de Saúde, especificamente, tem controle sobre as publicações relacionadas aos Profissionais da área?
Não seria interessante um plano estratégico para minimizar ou restringir certas informações a um grupo de pessoas que sabe, que ESTUDOU e dedicou uma vida naquela área?
Sinceramente, não sei a resposta para nenhuma dessas perguntas.
Mas fico preocupada quando vejo um paciente discutir comigo sobre o “poder analgésico do Eugenol”…
Pensem nisso!
>Minha cunhada chega ao cumulo de pesquisar na net o que ficou sem graça de perguntar pro pediatra!
Por isso sou super a favor de controle de venda de medicamentos, apesar de saber que no Brasil tudo se burla.
Ainda acredito que solucionaremos isso um dia!
As proximas gerações hão de aproveitar!
>No ano passado um grupo de médicos de reuniu para tentar instituir um selo de qualidade, mas não deu certo por varios motivos, um deles é quem iria certificar.
Outro ponto, é a publicidade. Há palavras que, para serm anunciadas no adsense, custam mais de 150 dólares, principalmente nomes de medicamentos. Isto origina a criação de sites e blogs extremamente otimizados para os motores de busca, coisa que médicos e dentistas não sabem fazer, por melhor e mais honesto que seja o conteúdo NUNCA vão superar quem trabalha profissionalmente com internet. Outro ponto é a localização de quem escreve, ou seja, eu moro em Portugal, se houvesse uma certificação no Brasil eu poderia tranquilamente escrever o que quisesse.
A solução, em parte, é ter muita paciência com pessoas que se auto diagnosticam. Para os que se auto medicam ou se tratam, não há nada a fazer, tem que haver bom senso das pessoas, e isto não vão adquirir na internet.
Abs