(…um desabafo…)

Fim de ano. Sempre a mesma história: a correria no consultório começa no último trimestre. Parece que todo mundo quer milagre em 3 meses e ficar com os dentes lindos para as Festas.

2011 foi um ano muito produtivo. Nunca pensei que meu crescimento profissional fosse desse jeito. Conheci muita gente, fiz muitas parcerias, mostrei meu trabalho e, com isso, trabalhei o triplo. Agenda sempre cheia, muitos clareamentos e o reconhecimento daquilo que faço.

Uma maravilha (se não fossem os “efeitos colaterais”).

Cansaço - palavra que me define.

Stress, palavra da moda.

O acúmulo das funções e responsabilidades resultou em unhas quebradiças, queda de cabelo, tendinite e dormência nos braços. Eu praticava (no passado mesmo) natação e caminhada. Esse ano me vi na piscina e nas ruas algumas vezes. Acordando cedo, dormindo muito tarde, não me alimentando direito e aguentando tudo com as anfetaminas. Sim, eu uso anfetaminas.

Percebi que a coisa estava ficando feia quando não lembrava das coisas e quando me enxerguei triplamente irritada (eu já sou daquelas de falar as coisas na hora e na cara, mas percebi que minha tolerância diminuiu consideravelmente). Eu começava a falar e parava no meio da frase, porque não sabia desenvolver um raciocínio. Compromissos que, se não fossem colocados na agenda do celular, com um aviso sonoro estridente, não seriam lembrados.

Perdi o sono, muitas vezes, pensando no planejamento do caso tal, pensando em temas para o blog, em problemas diários do consultório e, diversas vezes, vi a noite virar dia deitada na cama.

Enxaqueca? Inúmeras crises que me levaram ao hospital. Nunca tive sinusite e, semana passada, fiquei 4 dias de molho, deitada na cama a ponto das costas doerem.

Não sei se isso acontece com todo mundo ou se eu não soube dosar as coisas. Mas vejo que é importante dar um tempo. Parar. Respeitar os limites do corpo. Praticar atividades físicas, dormir bem, alongar o corpo, uma boa alimentação e, principalmente, deixar de lado as tecnologias que me mantém ligada 24h por dia.

Não adianta ter dinheiro no banco se os gastos serão com remédios. É preciso viver bem! Sinto que minha vida não tem tanta qualidade como antes.

Culpa minha, reconheço.

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