Já que levantamos a bola sobre as operadoras de planos odontológicos (e, acredite, mais de 30% desse mercado tem um único nome – Odontoprev), vamos divulgar um relato de um colega auditor de um plano!

A lucratividade dos convênios vem da captação de paciente, dos honorários pagos e da recusa de pagamentos (glosa). Um profissional avalia o trabalho do colega e decide se ele vai receber ou não aquele valor X de procedimento. Não necessariamente o dentista deixa de receber pelo fato do trabalho não estar compatível com os “padrões técnicos”. Muitas vezes, o dentista não lê o manual e não tem noção da cobertura dos planos. Outra é: a cota de glosa! Isso mesmo! Um determinado percentual que a empresa retém pra ela.

Quer saber mais? Leia isso!

“Como dentista que um dia já atendeu convênios, imaginava algo sobre o que o meu  colega auditor fazia. E na minha cabeça a maior certeza seria: GLOSAR,  GLOSAR E GLOSAR. Depois que me tornei auditor pude realmente entender que a glosa é uma das funções na auditoria. Bem, levando em consideração que cada cabeça é um mundo, a auditoria  odontológica exibe milhares de opiniões sobre um mesmo caso. E este caso pode ser, o que é carie ou forro ao visualizar uma radiografia do antes e depois, já que radiografia inicial e final é exigência freqüente  entre os convênios. Na maioria dos convênios os auditores avaliam apenas as radiografias e  assim finalizam a possibilidade do dentista receber pelo serviço  prestado. E as glosas, como funcionam? A maioria realmente ocorre por falta de leitura dos manuais por parte dos colegas dentistas. Isso é  fato! No entanto, o que antes era apenas um mito pude constatar convivendo e  trabalhando no meio, que alguns convênios exigem aos auditores uma cota  de glosas. Sim, cota de glosas! O que para quem trabalha de modo  digno se sente imensamente ultrajado em ter que glosar procedimentos que deveriam ser pagos aos colegas que estão trabalhando e ainda sim  enriquecendo os convênios. A maior certeza que tenho e isso faz parte do ser humano é que julgar o  que os colegas fazem é uma tarefa para poucos, porque o perfil do  auditor deve ser de análise e não de julgamento. De toda forma o que  quero e darei continuidade é trazer conhecimento aos inúmeros colegas  que atendem convênios que os dentistas têm poder e que os convênios so  existem por causa deles.”

Não basta pagar um valor aquém do justo, sem levar em consideração o conhecimento técnico científico do profissional e investimentos na carreira profissional. Tem que recusar o pagamento de quem trabalha 8, 10h por dia. Por que? Lucro… Lucro dos empresários (que não necessariamente são dentistas).

É triste…

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