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Apesar dos inúmeros esforços, aperfeiçoamento e desenvolvimento de materiais na Odontologia, a doença Cárie ainda é principal responsável pela perda dos dentes. Para agirmos, é necessário que conheçamos o processo de evolução da doença a fim de executarmos uma abordagem preventiva. 

A cárie é resultado de um processo dinâmico, onde a ação de microrganismos presentes na superfície dental, através da produção de ácidos, gera um processo de desmineralização da estrutura. O padrão de desenvolvimento da lesão varia de acordo com o dente e da sua superfície.

De acordo com Ewerton Nocchi Conceição, em seu livro “Dentística Saúde e Estética” – “É interessante ressaltar que os dados de alguns países desenvolvidos mostram que, nas últimas duas décadas, a prevalência de cárie tem diminuído, apesar de ainda ser uma doença crônica na população. Isso nos mostra que, embora ainda haja uma mentalidade restauradora em nível mundial, os tratamentos estratégicos, de prevenção obtiveram sucesso. Deste modo, o tratamento restaurador não melhora o padrão de saúde do indivíduo se o mesmo não estiver inserido em um programa de prevenção à cárie e à doença periodontal.”
Após um exame clínico rigoroso, o padrão de atividade de cárie determinará o tipo de tratamento empregado. Por isso, é necessário ressaltar a importância do controle de placa, dieta e presença de flúor.

A lesão de cárie, como sabemos, não se inicia com uma cavitação. Mesmo em superfícies não visíveis ao exame clínico, sabe-se que o início do processo é caracterizado por manchas brancas, de aspecto poroso e opaco. Nessa fase da doença, o processo pode ser revertido (ou paralisado), embora a cicatriz da doença permaneça. Após a cavitação, cabe ao profissional avaliar qual tratamento restaurador mais indicado para o paciente em questão, qual material utilizar, proteção do complexo dentinopulpar e ações eficazes de motivação/educação em saúde.

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O maior índice de perda dental por cárie acontece nos 1° molares permanentes. Por uma questão cultural e falta de informação por parte do profissional aos pais/responsáveis, ao ocorrer a erupção do dente, não é de conhecimento que eles não são “de leite” e que já se trata de um elemento permanente. Nesse ponto, é de grande importância que o Odontopediatra oriente o paciente e a família para uma atenção maior aquele elemento, que não será substituído. Até que o elemento esteja no mesmo nível oclusal dos outros, um acompanhamento rigoroso durante a escovação, aplicação de selante de fóssulas e fissuras e consultas regulares, irá assegurar a manutenção e saúde do elemento dental.

Além disso, devemos informar às gestantes sobre a transmissibilidade da doença cárie, da importância de se evitar beijo na boca da criança, da contaminação de chupetas com saliva da mãe para que não ocorra desequilíbrio da flora bacteriana infantil, favorecendo o desenvolvimento precoce da doença. Também, orientar sobre higienização do bebê, do potencial cariogênico do leite materno, esclarecimento sobre “cárie de mamadeira” e a importância de uma dieta fibrosa e consistente que, além do desenvolvimento ósseo e muscular, auxiliam na remoção mecânica da placa bacteriana.

Com ações em conjunto, o Odontopediatra e os Pais podem evitar o desenvolvimento da doença!

Já que a saúde começa pela boca, procure já um cirurgião-dentista e previna-se!
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