Porque amamos sorrisos!

 

Recebi isso do falceido Prof. Dr. Heraldo Rihel.

Meu primeiro curso sobre clareamento dental foi com ele, em um Congresso que tivemos na UNESP. Eu ainda era acadêmica e ouvir aquele homem falar com prazer sobre estética me motivou a seguir essa área.

Ao fim do curso, ele disponibilizou seu e-mail. Assim que pude, entrei em contato, parabenizando-0 pela aula. Ele, gentilmente, depois de alguns e-mails trocados, me forneceu uma lista de documentos importantes para ter no consultório.

Esse texto foi um dos que ele mandou. Penso que todos deveríamos lê-lo, sempre… Por amor, por conhecimento, por prazer e orgulho de sermos Dentistas.

 

1. Exerça odontologia por amor. Dinheiro, sucesso, prestígio seguramente virão no devido tempo.

2. Tenha um comportamento absolutamente profissional. Não se envolva com seu  paciente.

3. Analise, mostre e registre todos seus procedimentos em ficha adequada junto com  seu paciente…e peça sua assinatura.

4. O  paciente é leigo em odontologia, mas não é burro. Todos eles, todos, tem um  mínimo de bom senso.

5.  Muita atenção. O seu colega estará sempre pronto a criticar seu trabalho. Esmere-se nele, primeiro para sua satisfação pessoal e em eguida constranger seu colega ao criticá-lo.

6. Ao concluir os procedimentos contratados, alerte seu paciente que você não é perfeito. Se problemas houver, que retorne ao seu consultório e peça esclarecimento antes de consultar outro profissional. Se todavia isto ocorrer, atenda-o com sua habitual atenção e cordialidade. Evite falar em honorários pelos possíveis reparos. Esse atendimento tem um nome forte, ético e juridicamente perfeito. Chama-se Responsabilidade Profissional.

7.  Existem doentes e não doenças. Procure sempre enfatizar isto para o seu paciente.

8. Somos profissionais de saúde. Atendemos seres humanos e como tal, cada organismo reage de forma própria.

9. Não se dá garantia de saúde. No máximo garante-se o serviço do protético, pois este também responderá pelos possíveis danos causados ao paciente através de você.

10. “O sucesso do tratamento depende do profissional e do paciente”. Instrua-o corretamente de acordo com cada tipo de procedimento e a responsabilidade intrínsica do pós operatório deles. O ideal e juridicamente perfeito, será fazê-lo por escrito. Exija sua assinatura, oferecendo-lhe a seguir ”gentilmente’’ uma cópia do documento, registrando o fato no prontuário dele. Este tem fé pública, logo, validade jurídica.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DECÁLOGO

1. O  paciente percebe quando você ama sua profissão. Difícil fazer comentários, mas percebe. Por vezes, até fala.

 2. O brasileiro é sabido. Quer sempre levar alguma vantagem. Ele se envolve com você para gozar de vantagens as mais diversas. Vocês já devem ter percebido isso no comportamento deles, com elas dentistas e delas com eles dentistas.

 3. O paciente é curioso, quer saber o que está sendo feito e gosta quando o profissional dá as devidas explicações que eles possam entender. Você em última análise está vendendo o seu serviço, o paciente precisa e tem o direito de saber o que esta comprando.

 4. O paciente não é burro. Tem bom senso, é desconfiado, ouviu comentários de amigos a propósito. Por vezes até um monte de bobagens de nossos próprios colegas. Procure orientá-los honestamente.

 5. Entre os nossos colegas infelizmente isso acontece. Para justificar que são bons profissionais, procuram sempre por defeito no serviço dos outros. Por vezes você precisa demonstrar ao seu paciente o defeito para justificar a necessidade de corrigi-lo e resolver o problema resentado por ele (paciente). Faça isso com a maior cautela e ética.

 6. Isso é fundamental, estar sempre aberto para reclamações e explicações. Por vezes refazer o procedimento. Você sabe que não é perfeito, odendo perfeitamente errar. Admitir é um pouco mais difícil, mas, admita e refaça. Não fale em honorários. Diga simplesmente que isso se chama ética e juridicamente, responsabilidade profissional.

7. Repita sempre essas palavras. Em qualquer área da saúde se revela como sendo a maior verdade. 

8. Deve-se fazer essa afirmação a todos, pacientes e profissionais, é uma das grandes realidades em termos de doenças e curas. 

 9. Nunca dê essa garantia. Respondemos pelas peças protéticas, pois endossamos o trabalho do protético. Este, sempre, mas sempre, culpa dentista pelos seus fracassos. Nós refazemos o caso. Se o erro foi do laboratório de prótese e podemos provar, comunique o fato a ele. Pois subsidiariamente entramos em juízo para reaver o prejuízo. Dá-se á esse procedimento o nome de direito de regresso.

10. Ponto importantíssimo na visão jurídica. Pois no pensar do paciente, imagina que somos milagrosos. Pagou pelo trabalho e esquece de cumprir a parte que lhe cabe. Abandona o pós-operatório recomendado e os cuidados que deveria ter conforme lhe foi entregue por escrito. Ocorrendo o fracasso, a responsabilidade será de ambos. Restará á vítima fazer a prova do evento se houver o concurso do judiciário. Permaneça atento á ficha clínica.

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