Alguns tem acompanhado minha peregrinação médica!

Já disse em postagens anteriores que o corpo reclama quando exageramos no ritmo, seja no trabalho, na atividade física e, até mesmo, no ócio. Venho apresentando dores nos braços, dormência e crises de enxaquecas. Estive internada e obetive 2 pareceres: um de um Neurologista e outro de um Clínico Geral. Para a Neuro, trata-se da combinação de cefaléia tensional e vascular. Para o Clínico, reflexo de problemas na coluna.

De onde vem a dor que eu sinto?

A essa altura vocês devem estar se perguntando: O que isso tem a ver com a Odontologia?

Procurei um Ortopedista e, depois dos resultados da Tomografia e Ressonância Magnética, ouvi que: “Dor na cabeça não tem a ver com coluna. A cabeça tem invervação proveniente dos pares cranianos e a coluna, pela medula espinhal. Os nervos não sobem!”

Se a sua reação foi um “HÃ? O.O” , você está comigo!

Nós dentistas sabemos (e bem) que uma dor pode ter origem num ponto X e ser relatada num ponto Y. A famosa Dor Reflexa! Já tive casos de paciente relatar dor nos elementos posteriores e a origem ser uma necrose no incisivo central. Outro exemplo clássico são as dores de cabeça e no ouvido causadas por disfunções na articulação temporomandibular. Desgastes dentais podem resultar numa necessidade de estiramento muscular maior, para compensar a nova posição mandibular, por exemplo. O apertamento dental contribui para tensão da musculatura e isso refletir em dores na cabeça e flash de visão.

O diagnóstico das dores reflexas é difícil. Exames radiográficos, instalação de próteses, cirurgias, ortodontia e fisioterapia associam-se para o tratamento da dor. Além disso, o acompanhamento periódico do paciente ajuda na manutenção da saúde e controle dos quadros dolorosos. Na Medicina, hoje, existe uma nova “especialidade”, por assim dizer – a Clínica de Dor. Os profissionais (geralmente anestesistas) trabalham com associação de medicações (relaxantes, analgésicos e sedativos) e protocolos de alongamento, RPG, Pilates e outras atividades que serão incorporadas ao tratamento após o período de crise ter acabado.

Partindo desse conceito, não acredito que o Ortopedista que me atendeu esteja certo. Não se trata de uma dor odontológica, mas de um conceito amplo na área da Saúde. Se dores reflexas não existissem, por exemplo, o trabalho dos Fisioterapeutas seria restrito.

Uma visão global do paciente. Creio que seja isso que falte nos atendimentos hoje em dia…

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