Aconteceu, de 22 a 25 de janeiro, a 33ª edição do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, no centro de exposições Expo Center Norte, o maior evento de Odontologia da América Latina.
Há anos vou ao Congressão e há muito tempo não presenciava um evento tão vazio. Conversando com alguns colegas, pude perceber que não era impressão minha. Todos estranharam o pouco movimento e a falta de inovação. Para mim, Juliana, a melhor parte do CIOSP é reencontrar os amigos. Esse ano, especialmente, pude conhecer pessoas que, até então, só faziam parte do meu universo virtual.
Em relação a cursos, não achei nada de diferente, mas mesmo assim acho que qualquer tipo de atualização profissional é válido, especialmente para os colegas que moram no interior do país e aproveitam para levar para suas cidades as novidades em pesquisa e tecnologia para o dia a dia de consultório.
Em relação à feira, posso fazer algumas observações…
De três anos pra cá senti uma diminuição considerável da quantidade de papel e consequente lixo produzido pelo evento. Percebi muitos stands utilizando o código de barras do crachá do participante para cadastro e para participar das brincadeiras e pegar os tão sonhados brindes! Já é um ponto positivo. Um evento assim precisa dar um bom exemplo de sustentabilidade. Só acho que a bolsa poderia ser algo que fosse usável no dia a dia. Uma ecobag ou uma mochila (visando o uso pelos universitários), por exemplo.
Quando peguei meu kit achei que tivesse sido premiada (#sqn) mais uma vez: sem caneta e sem bloco de anotação. Quando brinquei com outros colegas constatei: não tinha caneta para o congressista (e olha que eu acho a caneta bem bonitinha)! Seria mais uma contenção de gastos reflexo da crise econômica pela qual passamos ou simples “desatenção” por parte dos organizadores?
A quantidade de mapas espalhada pelo congresso ainda era insuficiente. A feira é muito grande e sem o auxílio das plataformas fica difícil se localizar, tanto quando o assunto é procurar uma marca específica ou agendar um ponto de encontro.
Se você dependeu de conexão com a Internet, mais uma vez você se decepcionou. ZERO! Alguns stands disponibilizaram a senha de rede (muito em off), mas o congresso em si não havia uma disponível para o congressista. Com isso, não é só a comunicação que fica prejudicada. As baterias dos celulares também. A minha operadora de telefonia me deixou na mão, o que não me surpreende.
Grandes empresas não estiveram presentes, o que reforça que 2015 será um ano de investimento baixo e previsão de pouco lucro. Lógico que não podemos esquecer que temos no CIORJ esse ano e que muitos dos expositores preferem diversificar o investimento. Mas mesmo assim, continuo afirmando que, para um sábado à tarde (por exemplo) o movimento foi muito aquém das expectativas. E, quando o assunto é gasto, não podemos deixar de falar no preço do estacionamento e da alimentação dentro do evento. Uma garrafa de água a R$ 4,00 e um cachorro quente a R$ 25,00 é salgado, não?
Espero que a nova presidência da APCD preste atenção na opinião dos colegas congressistas para que em 2016 o evento possa trazer as melhorias que nossa classe merece.
Há muito tempo a Odontologia vive de “boom” da moda na Profissão. Nesses anos todos em que frequento esses eventos (Congressos, Jornadas ,etc.) de grande porte, percebo o modismo da Profissão.
Hoje quem sustenta esses eventos e’ a indústria dos Implantes e todo o suporte e aproveitadores dessa “onda”.
Mas o que realmente vale e’ filtrar as novidades concretas que nos oferecem, muita coisa não serve para nada e sumira do mercado ate mesmo nem aparecera.
Me lembro de membranas que “regeneravam a gengiva”, assim como Pai de Santo que traz a mulher amada em sete dias. Ou ate micro chips que liberavam Gluconato de Clorexidina na bolsa periodontal (Periochip) e outras “besteiras” mais.
O que vale realmente e’ rever amigos e trocar experiências profissionais o resto e’ historia para boi dormir.