“Eu odeio dentista”. Certeza que você, colega, já ouviu isso acompanhando de um “nada pessoal, doutor!”. Mas convenhamos: é difícil não levar pelo menos um pouquinho pro lado pessoal…
Isso não é ódio… é medo. Um pouco de vergonha. Às vezes até fobia. E mais, é falta de informação: seu paciente não sabe o que vai acontecer do outro lado da porta da sala de espera… e isso assusta.
Algumas verdades que aprendi interagindo com quem tem medo de dentista nesses 7 anos do Blog Medo de Dentista:
- Confiança é fundamental, e a boca é uma parte muito íntima do nosso corpo. O paciente se sente vulnerável. Evite “dar bronca”… é possível orientar sem constranger.
. - Nem todo mundo não escova os dentes direito por preguiça ou descaso.
. - Medo não é frescura. Não é porque o cara tem 2 metros de altura por 1,5 de largura que ele não pode ter medo de dentista.
. - Não subestime o medo do seu paciente, não faça pouco caso. Isso só aumenta a sensação de insegurança e é quase certo que o paciente não volta mais.
. - Em caso de movimentos bruscos, avise seu paciente. Sempre que for “apertar, puxar, empurrar”, avise!
. - Por outro lado, não fique explicando muito o que você está fazendo. Não entre em detalhes técnicos sobre osteotomias, odontosecções, sangramentos e retalhos.
. - Deixe claro para o paciente que quem dita o ritmo é ele.
E se você não se sente preparado pra atender um paciente ansioso, não atenda. Encaminhe. Vai ser melhor pra vocês dois. 😉
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