Dia 5 de outubro a Anvisa bateu o martelo – “Anfetaminas, não!”

As substâncias inibidoras de apetite deixarão de ser comercializadas em 60 dias. Elas já foram proibidas na Europa e agora chegou a vez do Brasil.

Cuide de sua saúde!

Coadjuvantes no processo de emagrecimento em pacientes com grau de Obesidade II ou III, além de comprometimentos cardíacos (como arritmia, taquicardia e hipertensão arterial), as substâncias causam danos aos tecidos bucais.

O relato mais comum é “boca seca”. A xerostomia (diminuição do fluxo salivar) e a alteração de paladar são constantes nos usuários desses medicamenteos, sendo necessário um cuidado redobrado com a escovação (já que uma das funções da saliva é a de limpeza da cavidade oral), consultas regulares com um dentista e utilização de substâncias que auxiliem na remoção mecânica da placa e na regulação do fluxo salivar (chicletes sem açúcar, consumo de fibras e uso de saliva artificial). Com a capacidade de limpeza salivar diminuída, a possibilidade acúmulo de placa aumenta ocasionando lesões cariosas e inflamação gengival (gengivite)

Escurecimento dental e perda de dentes podem estar associadas à natureza ácida das anfetaminas. Em pesquisas realizadas, contatou-se que usuários de anfetaminas possuem um desgaste supercial dos primeiros molares maior quando comparados a um grupo controle (Nixon et al., 2002) em virtude de apertamento dental. Trincas de esmalte, fraturas radiculares e erosão associam-se ao uso por tempo prolongado da substâncias.

Geralmente, o paciente bruxista range/aperta os dentes durante à noite. Já nos usuários de anfetaminas, o quadro se evidencia durante longos períodos de tempo.

Como é uma substância que age no sistena nervoso central, o aumento da ansiedade e irritabilidade proporciona, também, aumento da incidência de Morsicatio buccarum (hábito de morder a mucosa oral, causando lesões teciduais).

Sou usuária de anfetaminas e confirmo as informações acima. Tenho essa sintomatologia e procuro cuidar para que elas não se agravem.

Penso que a proibição da medicação não é a saída, uma vez que alguns pacientes necessitam da ajuda dos remédios para diminuição da fome associado à mudanças de hábitos alimentares e prática de atividades físicas. Fora que, os pacientes que usam as substâncias precisam de um tempo para que a dosagem seja retirada, aos poucos, em virtude dos riscos de rebote.

Vale a pena ressaltar do perigo da utilização delas sem o prescrição e acompanhamento médico. Outra coisa: são substâncias de alto risco, que tem indicação para uso. Se você não se enquadra no grupo que precise da medicação, procure alternativas menos radicais!

No mais, vamos aguardar!

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