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Continuando com a série “Urgência/Emergência” no dia a dia do profissional, abordaremos as causas de perda de consciência. A perda de consciência pode ser resultante de vários fatores e, nós, devemos estar atentos quanto ao manejo de pacientes que apresentem esse quadro, bem como nos prevenirmos de qualquer imprevisto através de uma anamnese bem feita.

A “perda de sentido” pode variar desde uma confusão mental até completa inconsciência.

Durante os procedimentos odontológicos, submetemos o paciente a uma enorme descarga de adrenalina, geradas pelo stress e ansiedade. Sintomas como tontura, fraqueza, taquicardia, mudança de ritmo na respiração, sudorese, palidez e palpitação são facilmente diagnosticados quando o paciente senta diante de nós.
A Síncope Vasovagal, mais conhecida como desmaio, é caracterizada por uma perda de consciência abrupta, perda de tônus postural, seguida de rápida e completa recuperação. Logo, a pessoa perde os sentidos, cai e se recupera, sem sequelas. Primeiro ponto a ser percebido pelo profissional – diferenciar um desmaio de um AVC e paradas cardíacas.
No AVC, o paciente apresenta uma queda por paralisia dos membros inferiores, sem necessariamente ocorrer a perda dos sentidos. Na parada cardíaca, o paciente evolui para o óbito, caso as medidas de ressucitação não sejam tomadas em tempo hábil.
Outra situação em que pode ocorrer perda de consciência é o quadro de Hipoglicemia Aguda (ou choque hipoglicêmico). Da tontura, fraqueza, palidez, sudorese, o paciente pode evoluir para a perda dos sentidos, convulsões e óbito.
Hipotensão Ortostática (queda abrupta de pressão arterial quando o indivíduo se põe de pé) e Síndrome Hipotensiva Supina (comum em gestantes, onde há queda pressão arterial, quando deitadas de costas), também são situações emergenciais. Situações como Crise Tireoidiana, Insuficiência Renal Aguda, Convulsões e Histeria, podem levar o paciente a quadros clínicos de perda do sentido.
Como devemos proceder?
Já dito no texto sobre PCR (Parada Cardio Respiratória), devemos:
  • Parar o atendimento odontológico
  • Acionar serviço de emergência com equipe médica
  • Posição de Trendelemburg (posição onde a cabeça está voltada para cima, levemente inclinada para baixo cerca de 40°, para facilitar a oxigenação cerebral através do aumento da circulação sanguínea na região)
  • ABCD – Abrir vias aéreas / Boa respiração (ventilação – respiração boca a boca ou uso de balão) / Circulação Sanguínea (massagem cardíaca) / Desfibrilação.
Podemos, durante a anamnese, nos prevenir de acidentes, através que quesionamentos sobre a história médica pregressa, uso de medicamentos diários, histórico de alergias ou qualquer outro problema ocorrido anteriormente durante procedimentos odontológicos. Além disso, devemos manter um bom relacionamento com o paciente, nos colocando à disposição para explicação dos procedimentos acordados, procurando mantê-lo informado e confiante no trabalho a ser realizado. Informações sobre alimentação prévia ao atendimento, a importância de não fazer jejum para o tratamento e o agendamento das consultas de acordo com as necessidades do paciente (no caso de gestantes e hipertensos, por exemplo), ajudam a evitar esses transtornos.
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