E já sabiaPara os dentistas não é novidade, mas sabe como é… é só aparecer um estudo, principalmente de fora do Brasil, que aí as pessoas prestam atenção. Bem, vamos lá.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Columbia sugere que as consultas odontológicas são uma oportunidade para os dentistas identificarem pacientes com diabetes ou pré-diabetes. “A doença periodontal é uma complicação inicial da diabetes, e cerca de 70% dos adultos dos EUA consultam um dentista pelo menos uma vez por ano”, diz a Dra. Ira Lamster, reitora da Faculdade de Odontologia e autora sênior do trabalho. “Pesquisas anteriores centraram-se nas estratégias de identificação relevantes dos ambientes médicos, ambientes de atenção à saúde bucal não foram avaliados antes, e as contribuições dos achados bucais também não foram testadas de maneira prospectiva”, diz.

Leia o abstract do artigo no Journal of Dental Research: Identification of Unrecognized Diabetes and Pre-diabetes in a Dental Setting

A pesquisa identificou altos índices de açúcar no sangue de pacientes odontológicos. Foram considerados cerca de 600 pacientes de uma clínica odontológica na região norte de Manhattan, que tinham 40 anos de idade ou mais (se não hispânicos brancos) e com 30 anos ou mais (se hispânicos ou não brancos) e nunca haviam sido informados que possuíam diabetes ou pré-diabetes. Os pesquisadores escolheram cerca de 530 pacientes com pelo menos um fator de risco adicional de diabetes, como história de diabetes na família, colesterol alto, hipertensão ou estar com sobrepeso ou obeso para a participação no estudo.

Os indivíduos passaram por exame periodontal e um teste de hemoglobina A1C. Solicitou-se, ainda, que os pacientes retornassem para um teste de glicose plasmática de jejum para ajudar a determinar se a pessoa tinha diabetes ou pré-diabetes. Descobriu-se que a observação de dois parâmetros dentais – nesse caso, o número de dentes ausentes e a porcentagem de bolsas periodontais profundas – era tudo o que se precisava para identificar corretamente 73% dos pacientes com pré-diabetes ou diabetes não reconhecidas. A adição do teste A1C resultou na identificação correta de 92% desses pacientes. “O reconhecimento precoce da diabetes tem sido o foco de esforços de colegas da saúde pública e privada por anos, já que o tratamento precoce dos indivíduos afetados pode limitar o desenvolvimento de muitas complicações sérias. Mudanças relativamente simples de estilo de vida em indivíduos pré-diabéticos podem prevenir a progressão para a diabetes franca, portanto, identificar esse grupo de indivíduos também é importante”, diz a Dra. Evanthia Lalla, professora da Faculdade de Odontologia de Columbia e autora chefe. “Nossos achados fornecem uma abordagem simples que pode ser facilmente utilizada nos ambientes de assistência odontológica”.

Os pesquisadores citaram estatísticas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças que dizem que 1 em cada 4 pessoas afetadas com diabetes tipo 2 nos EUA permanece não diagnosticada. Também, que indivíduos com diabetes ou pré-diabetes têm um risco aumentado de doença cardíaca, derrame e outras condições vasculares associadas ao diabetes.

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