Restaurações de amálgamaFoi votado e APROVADO ontem na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiroprojeto de lei 2461/2013, da Deputada Estadual Aspásia Camargo (PV-RJ), que pedia a proibição do uso odontológico do amálgama de prata, com base na toxicidade do mercúrio que esse tipo de restauração contém.

O amálgama já é proibido na Suécia, Noruega, Dinamarca, Alemanha, Bulgária, Vietnã, Tailândia e Japão. Agora, é proibido no Estado do Rio de Janeiro, abrindo um precedente pra que essa norma valha, um dia, em todo o Brasil.

O mercúrio, sabidamente, é um metal pesado altamente tóxico. Sua contaminação é bio-acumulativa, podendo provocar severos danos no fígado, rins, pulmão, cérebro e coração, além de sérios problemas neurológicos. Além disso, é um contaminante do meio-ambiente quando não descartado de forma apropriada.

Os ambientalistas estão em festa e os críticos do amálgama também. Não é minha intenção defendê-lo aqui, embora seu papel social seja inegável, os colegas que trabalham no serviço público vão concordar comigo. O amálgama ficou de lado faz tempo, no Brasil e no mundo, mas ainda é a realidade de muita gente. É um material barato, de ótimo desempenho clínico e que cumpre bem o seu papel. Se o amálgama for abolido do Brasil, poderá se oferecer resina composta DE QUALIDADE no serviço público (confeccionadas com isolamento absoluto, fotopolimerizadores adequados, etc.)? Se sim, ótimo, tchau amálgama

A questão da possibilidade de contaminação por mercúrio é polêmica, o desgaste das restaurações de amálgama resulta na ingestão de micropartículas que contêm mercúrio, há os vapores que ele libera, etc.. Mas há que se considerar que o mercúrio está presente – em maior quantidade – em certos alimentos (peixes, por exemplo), nas lâmpadas fluorescentes, na extração do ouro (ou seja, na água dos rios), etc.. Claro que isso não é justificativa pra acharmos que o mercúrio contido em restaurações de amálgama é inofensivo, certamente não é, e isso em si já é um motivo importante pra questionarmos sua utilização. Mas percebo muita gente exagerando na dose da revolta contra o funcional amálgama, já que a própria Organização Mundial de Saúde não o condena.

Eu acho que eliminar o contato com o mercúrio das nossas vidas é uma ótima ideia. Pena que as restaurações de amálgama representam uma porção ínfima desse contato.

E você colega, acha o quê? É uma pena que o amálgama esteja com os dias contados ou… já vai tarde? Opine nos comentários. 🙂

Leia o projeto de lei 2461/2013 na íntegra.

Sobre a aprovação do projeto de lei no perfil do FB da Deputada Aspásia Camargo

Compartilhe:

Comentários via Facebook