Sabe aquela história de “matar mosquito com bazuca”?
Pois bem! Foi essa impressão que tive ao ler o “Protocolo Clínico” sugerido na revista do CRORJ, edição de Junho de 2015.
Em Odontologia, o tratamento da dor constitui a maior porcentagem dos atendimentos de urgência no consultório, sendo as de origem endodôntica as de maior prevalência.
As características da dor guiam a conduta clínica e questionamentos básicos precisam ser feitos ao paciente – “É uma dor espontânea? Dói com frio, quente? Dói mais à noite? Você consegue dormir?”.
Em qualquer caso de sintomatologia dolorosa, além das manobras clínicas, o dentista faz uso de medicamentos como coadjuvantes no tratamento. E, para isso, há uma gama de remédios, específicos para cada caso, que podemos prescrever.
O problema é quando optamos por uma medicação “forte” demais para um procedimento não tão complexo.
Por exemplo, nos casos de pulpite: após acesso e neutralização do conduto associado à medicação intracanal, utilização de analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos de dor pós-operatória, utilização de analgésicos. Abscessos, prescrição de antibióticos. E por aí vai, conforme aprendemos na nossa formação.
O que me chamou atenção no texto foi a prescrição, para casos de dores moderadas, a utilização de analgésicos opióides, cujas reações no organismos vão muito além da analgesia e que podem levar o paciente ao coma em casos de superdosagem, uma vez que atuam como ansiolíticos e sedativos também.
Meu questionamento ao ler o artigo foi: Por que não começar com medicamentos de “potência menor”? Há a real necessidade de administrar uma medicação tão séria em casos que, além da associação medicamentosa, terão uma intervenção mecânica quase sempre resolutiva?
Lógico que há casos e casos, mas eu me preocupo muito com a banalização da utilização de derivados de morfina. E mais, temo que isso resulte na não preocupação/atenção do Dentista em relação à importância de manobras clínicas para solucionar o problema do paciente, nos casos de urgência.
Precisamos ter cuidado com a administração de medicamentos e, principalmente, orientação do paciente em relação ao uso dos remédios.
Condutas extremistas para o controle da dor não podem virar moda nos consultórios.
Cuidado!
Ou não quero uma consulta grátis, mas ontem olhando o espelho, vi que quando abro a boca minha língua vai toda para trás e sinto dor na garganta, ao falar e perto do ouvido. O que pode ser? E ela parece menor.
Por favor podem me ajudar?
Tenho certeza que ela não era assim antes.
Olá! Procure um dentista para avaliação mais específica do seu caso!