A estudante de Odontologia da Universidade de Taubaté (Unitau), Iasmin Caroline do Rosário, de 21 anos, criou uma cartilha sobre higiene bucal para portadores de necessidades especiais. O projeto foi apresentado neste ano ao Ministério da Saúde, em Brasília.

A pesquisa teve início em 2013, quando Iasmin conheceu o projeto de extensão Odontologia para Deficientes (OPD), que estuda maneiras de garantir a higiene bucal a essas pessoas. A partir daí ela começou a participar de congressos sobre o tema e, no Congresso Internacional da USP, recebeu o convite para apresentar o projeto no Ministério da Saúde.

Higiene bucal

As informações da cartilha buscam atender todo tipo de deficiência. A ideia é explicar aos cuidadores dos portadores de necessidades especiais, com uma linguagem coloquial, como realizar corretamente a escovação dos dentes. Com soluções simples, a aluna propõe, por exemplo, formas de manter a boca do paciente aberta durante a escovação.

“A cartilha ensina desde qual escova usar, até os movimentos que devem ser feitos durante a escovação. O bacana é que conseguimos traduzir algumas linguagens técnicas da área por termos de fácil compreensão”. Dessa maneira, segundo ela, até mesmo a pessoa com pequena deficiência recebe a explicação e compreende o que deve fazer.

A vontade de entender mais sobre a rotina de quem possui necessidades especiais surgiu quando ela sequer pensava em se tornar cirurgiã-dentista. Iasmin conta que estudou em uma escola publica de São José dos Campos (SP), onde existia uma sala separada apenas para deficientes. E era com esses colegas que a menina se divertia no intervalo das aulas.

“Sempre tinha um amigo com algum tipo de deficiência na escola. Eu até aprendi a falar em Libras (sigla de Linguagem Brasileira de Sinais) sozinha. Então sempre foi uma aproximação espontânea, natural”, conta.

“Por causa do projeto, apareceu a possibilidade de fazer uma especialização na Paraíba. Algumas pessoas até me perguntaram o motivo de ir tão longe quando possuímos ótimas formações em São Paulo. Mas acredito que com o novo cenário criado com o aumento de casos de microcefalia no Nordeste, esse tipo de trabalho vai somar e muito ao cuidado com deficientes”, concluiu.

Boa, Iasmin. 😉

Via G1

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