Foi aprovado, na reunião plenária do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) realizada em maio, o Parecer Técnico 04/2017, que trata da aplicação, por enfermeiro, de laser de baixa intensidade no tratamento de mucosite oral em pacientes com câncer. Segundo o documento, a atividade deve ser “executada privativamente pelo enfermeiro no contexto de uma abordagem multiprofissional, desde que seja capacitado em cursos específicos, reconhecidos e em instituições regulamentadas”. A conclusão é baseada no Decreto 94.406/1987, que regulamenta a Lei do Exercício de Enfermagem (Lei 7.498/1986) e atribui ao profissional de nível superior os cuidados que exijam maior complexidade técnica.
Mucosite
Durante ou após o tratamento oncológico, ocorrem complicações bucais nos pacientes, como dor, dificuldade no ato da mastigação, deglutição e fonação. As mucosites orais acometem entre 40% e 76% dos pacientes que fazem tratamento radioterápico ou quimioterápico. A laserterapia bucal é utilizada para tratar esse problema, caracterizado pela morte de células epiteliais e a redução de suprimento sanguíneo. Os efeitos terapêuticos do laser sobre os tecidos estimulam a atividade celular, aceleram a cicatrização de feridas e minimizam a dor.
Para as aplicações, são necessárias medidas de biossegurança tanto para o paciente quanto para o profissional, sendo fundamental a utilização de óculos e demais equipamentos de proteção individual, seguindo as normas da Associação de Normas Técnicas (ABNT). “Condiciona-se à aplicação dessa terapia o uso da Sistematização da Assistência de Enfermagem (Resolução Cofen 358/2009) e a criação e o estabelecimento de um protocolo operacional padrão”, finaliza o parecer.
Por que um enfermeiro e não um cirurgião-dentista?
Porque na maioria dos hospitais não tem dentista. E não é porque a gente não quer não, é porque… alguém RAIOS sabe o porquê? Faz algum sentido não ter dentista dentro de hospital como membro obrigatório e ESSENCIAL da equipe de saúde? Portanto, a luta pra inserir o dentista no ambiente hospitalar continua!
Clique no link abaixo pra votar SIM sobre o projeto de Lei da Câmara n° 34, de 2013, de autoria do Deputado Federal Neilton Mulim (PR), quer torna obrigatória a prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de internação hospitalar, aos portadores de doenças crônicas e, ainda, aos atendidos em regime domiciliar na modalidade home care.
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Enfermeiros podem ajudar. Mas além deles estarem BEM sobrecarregados, na maioria dos casos de problemas bucais, só um cirurgião-dentista é resolutivo.
O texto completo do Parecer Técnico 04/2017 está disponível no site do Coren-DF.
O que é bastante perigoso!
Além do enfermeiro não conhecer profundamente a anatomia do sistema estomatognático e sua fisiologia, não é capaz também de fazer de diagnóstico nosológico. O que poderia inviabilizar uma terapêutica eficaz, e agir de forma iatrogênica irradiando uma lesão cancerosa ou com potencial de malignização, estimulando as células malignas à proliferação celular.
Quando se fala em aprovação para realização de uma nova técnica em uma categoria, se refere que o profissional para lidar com tal procedimento seja devidamente capacitado e habilitado, tenha pós graduação ou curso específico para esta técnica, sendo assim, não há nesta resolução a aprovação de uma execução de procedimento por um profissional leigo e sim, devidamente capacitado para para executar uma técnica prescrita. A categoria em questão é cientificamente capaz de prescreve – la, a título de conhecimento, enfermeiros também prescrevem cuidados. Estamos falando de um profissional de nível superior que fez uma graduação de cinco anos, que por vezes fez pós graduação, residência, mestrado e quiçá doutorado, quando se diz enfermeiro, não se refere a nível técnico, falo de um profissional que analisa o paciente como um todo e para isso obrigatoriamente deve realizar os cinco posso da sistematização de enfermagem, onde inclui diagnóstico e prescrição e muitas vezes é mesmo quem faz o parecer para a equipe multiprofissional, incluindo a avaliação do dentista. Acredito no trabalho multiprofissional e luto por ele, mas não vejo isso como um peso para a enfermagem e sim mais uma especialização e um novo campo de trabalho. Geralmente os serviços oncológicos clínicas/ hospitais, solicitam parecer para avaliação odontológica antes do início do tratamento, entendendo a importância da saúde bucal como um todo para tratamentos quimioterápicos, radioterápico e até de imunoterapia. Um enfermeiro assistencial em sua jornada de trabalho hospitalar não executa à laserterapia, a não ser que esteja no plantão apenas para fazer a avaliação e prescrever a melhor técnica , assim como hoje já existem nos hospitais times de PICC, compostas exclusivamente por enfermeiros que avaliam e prescrevem este tipo de acesso. Caso não haja profissional exclusivo para avaliação, diagnóstico, prescrição e execução da técnica essa sim seria uma demanda para resposta de parecer.
Entendo a indignação do colega, mas vejo isso como uma oportunidade de aperfeiçoamento profissional, não se tem concorrente quando se é bom! Não venda preço, venda qualidade em serviço prestado, desvalorizar uma área ou desmerecer, achando que isso irá fazer com que a sua profissão esteja em evidência, demonstra exatamente o contrário, sinceramente só me remete a insegurança. O mercado está aí para todos. Cada um se destacara pelo que faz melhor.
Outra colocação: a iatrogênia esta relacionada a ma prática profissional que causa qualquer dano ao paciente. Isso independe de profissional ou de sua formação, um dentista que não tenha conhecimento/habilidade/prática, pode cometer, como médicos também, ainda que sejam especialistas, somos todos sujeitos a falhas. Se o profissional é capacitado não há nada que o desabone.
Até breve.
[…] médicos. Do mesmo jeito que vimos um bando de dentistas se indignando na Internet porque o agora enfermeiros foram liberados para utilizar o Laser em pacientes com mucosites. Tem muita gente pensando em reserva de mercado e […]