A hiperplasia gengival é uma das lesões mais comuns de boca. Diferentemente de lesões neoplásicas, que possuem crescimento autônomo, a hiperplasia pode ter seu crescimento interrompido se conhecido e removido seu agente causador.

O termo hiperplasia significa um “super crescimento”, ou seja: a gengiva cresce a partir de um estímulo, ficando “gordinha” e muitas vezes cobrindo parte dos dentes.

Os tipos mais comuns de hiperplasia gengival são:

Hiperplasia por trauma

Quem usa prótese mal-adaptada deve saber o que é isso. Tem gente que acha que é normal que as dentaduras machuquem a gengiva até “fazer calo”. Não é. Converse com o seu dentista para ajustar sua prótese.

Hiperplasia Medicamentosa

É o crescimento gengival causado pelo uso de certos remédios, como a Fenitoína, imunossupressores e alguns anti-hipertensivos.

  • Difenil-hidantoinatos (Fenitoína): podem causar hiperplasia em 20% dos usuários
  • Imunossupressores (Ciclosporina): podem causar hiperplasia em 10% dos usuários
  • Anti-hipertensivos bloqueadores dos canais de Ca2+ (Nifedipina): podem causar hiperplasia em 5% dos usuários

Este tipo de hiperplasia gengival é muito semelhante a observada em pacientes com leucemia.

Hiperplasia por placa bacteriana

Esse é um tipo muito comum de hiperplasia gengival em pacientes que usam aparelho ortodôntico e não fazem a higiene bucal adequada. Consequência da gengivite. Não adianta ficar bravo com o ortodontista… é falta de escovar os dentes!

Acontece com quem não usa aparelho, também.

Qual o tratamento?

O tratamento consiste na remoção do agente causador da hiperplasia: trocar a prótese, parar com a medicação (nesse caso só com a autorização do médico que a prescreveu), melhorar a higienização, etc..

Caso não haja a regressão completa, é preciso remover o excesso de gengiva com cirurgia.

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