Eu nem acho polêmico… acho o HORROR, mesmo. Mas enfim.

Fotos de um trote com calouros aplicado por estudantes de uma das turmas do curso de Odontologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em Joaçaba, no oeste catarinense, têm gerado repercussão nas redes sociais. As imagens, que mostram estudantes que simulam atos sexuais uns com os outros, causou indignação entre os internautas. O caso ocorreu fora da instituição de ensino, que repudiou a ação e disse que irá tomar providências administrativas junto aos organizadores da ação.

trote

Em nota, o DCE afirmou que é contra o trote coercitivo, humilhante, abusivo e com teores machistas. “Destacamos também que não vamos, nesta situação, fazer curso, turma ou pessoas carregarem a cruz por uma cultura estúpida que ocorre há anos em trotes universitários. Esperamos que fatos assim não ocorram mais e, se tornarem a ocorrer, trataremos de penalizar os envolvidos com a exclusão dos eventos organizados pelo DCE”, informou o representante do diretório.

Ainda segundo o DCE, o trote praticado pelos cursos costuma ser solidário. O ocorrido foi um equívoco e não acontece com frequência.

Também por meio de nota, a Unoesc informou que não compactua com trotes violentos e humilhantes e disse que tomará providências administrativas junto aos organizadores do episódio.

A instituição também orientou os alunos que se sentirem ofendidos ou intimidados a entrarem em contato com a coordenação do curso. “A sociedade de hoje quer pessoas que tenham empatia e que respeitem seu próximo. Por isso, a Portaria n. 31/UNOESC-R/2013 incentiva a prática de trotes educativos e solidários”.

A atlética do curso de Odontologia da Unoesc pediu desculpas sobre o caso. “Em nome de todos os alunos do curso de Odontologia gostaríamos de pedir desculpas aos calouros pelo acontecido de ontem. Também pedimos desculpas se vocês foram constrangidos e expostos por pessoas que não são do curso e também não estavam presentes durante o ocorrido”.

Trote de Medicina com “juramento”…

Recentemente os calouros de Medicina da Unifran (Franca – SP) também foram submetidos a um trote “pouco ortodoxo”, digamos assim. Vejam o teor do “juramento” que os novos acadêmicos foram obrigados a proferir:

Ao ingressar na faculdade de medicina em 2015, a estudante, que prefere não se identificar, diz que participou de um trote semelhante, mas que o juramento não fazia menção às estudantes da Odontologia ou continha a palavra abuso, embora já tivesse um teor machista.

Segundo a jovem, na época, havia um clima de euforia pela conquista da vaga na faculdade de Medicina e que, por isso, não conseguiu fazer um julgamento crítico a respeito do juramento. Hoje, ao se deparar com o vídeo do trote de fevereiro, a universitária diz que a evolução da sociedade em relação aos direitos da mulher a levou à reflexão de que o texto deve ser combatido.

“Hoje, eu entendo o quão perigoso é propagar um discurso como aquele que estava no juramento. E sei que as mulheres precisam se conscientizar de que atitudes machistas como estas não podem acontecer em lugar nenhum. Se acontecerem, devem ser veementemente repugnadas. Hoje, compreendo a necessidade de falar sobre o assunto, de conversar sobre o quão machista e excludente a sociedade em que vivemos é, e como isso vem sendo perpetuado, implícita ou explicitamente, nos dias de hoje.”

Nas redes sociais, alunas da Medicina e de outros cursos afirmaram que o mesmo juramento é praticado há anos pelos veteranos.

Uma reunião entre o Conselho Municipal da Condição da Mulher, a reitoria da Unifran e o Ministério Público definiu estratégias que serão adotadas para conscientizar os alunos sobre os direitos da mulher.

Via G1 e Clube do Fórceps

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