Na Clínica Odontológica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que atende 350 pessoas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o medo dos pacientes tem sido aliviado graças à ajuda de uma cadelinha da raça labrador. Cacau, de apenas nove meses de idade, tem feito a diferença no trabalho dos dentistas e dos estudantes de Odontologia atuando como “cão terapeuta”. Ela tem até crachá oficial, concedido pela reitoria da Universidade.
De pelo escuro e olhos verdes, a labradora desperta sorrisos por onde passa. E com os pacientes não é diferente. Mas na clínica o trabalho dela é sério. Tão sério, que a presença da cadelinha diminui a ansiedade dos pacientes na hora do atendimento. Treinada desde filhote, Cacau passou por um processo de adaptação com um adestrador para que soubesse se portar dentro do consultório.
A ação inédita no campus faz parte do projeto de pesquisa da Escola de Ciências da Vida da PUC-PR, que analisa o comportamento dos pacientes com a presença de um cachorro. O experimento é comandado pela coordenadora, professora e pesquisadora do curso de Medicina Veterinária da PUC-PR, Claudia Pimpão, que também é a dona da cachorrinha, em parceria com a clínica odontológica. “Tive a ideia de iniciar o projeto após assistir a uma palestra numa universidade americana que tinha um cão terapeuta. Quando trouxe isso para a universidade, todo mundo abraçou o projeto, tanto que a Cacau veio de doação”, conta Claudia.
O projeto, ainda em teste, levou a cadela já com três meses de vida a atuar como terapeuta na clínica. Normalmente, esse processo é iniciado quando o cachorro completa 1 anos e 6 meses, mas, como Cacau foi adestrada desde muito nova, o processo pôde ser antecipado.
Um dos atendimentos em que Cacau participou chamou a atenção dos dentistas. Era um paciente com dificuldade cognitiva que se negava a ser atendida. “Ele não sentava na cadeira do consultório de maneira alguma. Ele se debatia e dificultava o atendimento. Depois de conhecer a Cacau, ele se acalmou. Agora, graças à Cacau, ele senta na cadeira e é possível realizar o procedimento com tranquilidade”, enfatiza o coordenador da clínica, Everdan Carneiro.
Para que a alegria de Cacau não se torne um problema dentro do consultório, esbarrando nos equipamentos, ela está sempre acompanhada pela dona ou por funcionários e alunos do departamento de Medicina Veterinária. A labradora visita o campus três vezes por semana: segunda, quarta e sexta-feira. Por dia, fica entre uma hora e uma hora e meia no consultório, com direito a intervalo para descansar e se alimentar. E, para surpresa dos que conhecem a raça brincalhona, Cacau é comportada no consultório: fica parada, quietinha, ao lado do paciente nas consultas. Assim, durante o procedimento, os pacientes podem passar a mão nela enquanto, diminuindo a tensão de quem tem medo de dentista. 🙂
Perfil da Cacau no Instagram: @cacauterapeutaanimau
Via Gazeta do Povo
Adorei o post! Com certeza deveríamos ter uma cachorrinha como a Cacau nas nossas clínicas rsrsrs