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O que você pensa quando ouve “Paralisia Cerebral“? Em minha cabeça, mesmo sendo da área de saúde, conhecendo um pouco sobre o assunto, imagino uma pessoa cheia de limitações e com necessidade de cuidados constantes (entenda-se: ter SEMPRE algum familiar por perto). Mas, às vezes, certas pessoas aparecem para mostrar pra gente que os conceitos podem ser diferentes!Texto

Aline, 27 anos, portadora de necessidades especiais.

Deu início ao tratamento odontológico comigo, ontem, por volta de 18h. E eu me senti envergonhada de todas as reclamações infundadas que faço, quase que diariamente, da minha vida.

A mãe da Aline, que também deu início ao tratamento, conversando comigo disse: “Vivemos de Juiz de Fora – MG. Estamos aqui há 3 anos. Quando Aline nasceu, os médicos de lá me disseram que ela nunca andaria. Eu lutei muito e, com a ajuda de profissionais capacitados, aos 4 anos Aline andava. E assim foi, degrau por degrau…” relatou.

Exatamente, degrau por degrau, como uma pessoa normal (que diga-se de passagem, também tem limitações): foi alfabetizada, graduou-se em Administração de Empresas, faz cursos de idiomas e trabalha no setor financeiro de uma Cooperativa Médica.

Aline tem pavor de dentista! Mas ontem eu consegui trazê-la pra mim! E agora, ninguém me tira aquele sorriso!

Tomarei posse dele, estudarei com muito carinho e darei o melhor de mim!

Saí do consultório ontem de alma lavada!

Eu sou FELIZ PRA CARAMBA!

Logo, você que reclama de tudo, olhe para o lado! Mas prepare-se: você pode tomar um soco na cara, igual ao que eu tomei ontem.

Será bom pra acordar!

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