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Aproveitando o post da @ninacris, venho aqui prestar minha homenagem ao meu pai… 

Meu pai faleceu em novembro de 2006, vítima de um acidente de carro causado por um motorista alcoolizado. Era um ano de muitas decisões na minha vida: formatura, mudança de cidade para começar o trabalho, vida nova. Tudo que eu tinha planejado mudou e voltei pra Resende pra ficar com minha mãe e irmã.

Meu pai era o filho mais velho, único homem de uma família de 3 filhos. Mineiro de Itajubá, formou-se em Engenharia Civil, trabalhou por 22 anos na CSN e depois em obras grandes, como a fábrica da Coca-Cola em Jundiaí, Torre de Resfriamento da Reduc, em Duque de Caxias e seu último trabalho foi para o Porto de Sepetiba, no Rio. Como ele mesmo dizia, sempre rindo, construir casas era coisa de arquiteto. Ele gostava das megaconstruções, máquinas gigantescas e adrenalina.

Amante de moda de viola, de cozinha e pescaria, era Flamenguista roxo e não se conformava com o fato de eu ser Botafoguense.

Adorava jogar Freecel e Paciência no computador e ligar pra minha república, de madrugada, só pra me acordar e perguntar se eu “queria beber água”. Ele era muito brincalhão!

Católico fervoroso, não passava um final de semana sem ir à missa e ralhava comigo e com minha irmã quando trocávamos a Comunhão pela diversão com os amigos.

Tudo o que sei sobre carros, fazer baliza na ladeira, dirigir na estrada, como temperar um peixe, fazer churrasco e, sobretudo, entregar a vida à Deus, são algumas das coisas que eu aprendi com ele.

A saudade dói, diariamente. Eu melhorei muito e tenho consciência de que ainda tenho muito o que fazer…

Sinto por ele não ter ouvido meu discurso de formatura, por não estar comigo na compra do meu consultório, no dia do meu noivado…

Mas hoje penso que toda essa dor não é nada perto da felicidade do dia que nos reencontraremos. Pensar assim é o que me conforta, quando a saudade machuca.

Minha homenagem pra ele foi uma tatuagem feita em Março de 2007, com o trecho da música “Anjo Mais Velho – Teatro Mágico“. Não sei se ele gostou não, mas… É algo que trago comigo, sempre.


Aos papais seguidores desse blog, um feliz dia para vocês! E aos que podem abraçar os seus, não percam tempo em fazê-lo.

Deixo uma música que diz muito sobre meu pai e que, com certeza, ele ouviria sem parar, como fazia com os outros CDs de sertanejo que tinha no carro…

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