Infelizmente vivemos num país onde não há investimento em infraestrutura, educação e saúde.

Quando junta saúde e educação, como é o caso dos cursos superiores na área da saúde, a coisa fica pior!

Hoje viemos divulgar a situação dos alunos do curso de Odontologia da Universidade de Pernambuco, que estão com as aulas prejudicadas pela falta de investimento no ensino superior.

UPE

E aí? Está na mesma situação? Manda pra gente que vamos fazer de tudo pra divulgar!

Esse texto foi enviado pela aluna Maria Helena Moreira!

Como representantes do curso de Odontologia da Universidade de Pernambuco, Campus Arcoverde, em Arcoverde-PE, viemos por meio desta apresentar a situação atual: até o momento existem três turmas no curso, uma no quinto, uma no terceiro  e uma no primeiro semestre. O curso no interior iniciou suas atividades no período 2011.2, mas, mais de dois anos depois, ainda não possui um prédio próprio. Faltam clínicas, pré-clínicas e laboratórios que dêem suporte às aulas práticas de alguns componentes curriculares, que são de fundamental importância na formação do cirurgião-dentista.

Os estudantes do curso encontram-se alocados em uma escola estadual e contam com um único laboratório multidisciplinar, onde são realizadas práticas de todos os componentes curriculares dos eixos das Ciências Biológicas e da Saúde e das Ciências Odontológicas. No entanto, esse laboratório não dispõe de materiais e equipamentos suficientes para suprir todas as necessidades.

Como preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Odontologia, se faz necessária na formação do cirurgião-dentista generalista, dentre outras coisas, uma considerável carga horária prática que deve ser cumprida em laboratórios, clínicas e no Sistema Único de Saúde (SUS) através de aulas práticas e estágios curriculares. Sendo assim, a falta de estrutura física adequada às práticas pré-clínicas (de laboratório) e clínicas vem prejudicando os estudantes desde o ano passado e inviabilizou a realização de algumas aulas práticas de  componentes curriculares como Introdução à Clínica Odontológica, Atenção Básica em Saúde Bucal I, II e III, Atenção Secundária em Saúde Bucal I e Reabilitação Oral I.

Como medida de redução de danos, ocorreram algumas adequações de práticas na Rede Municipal de Saúde e mudanças na estrutura curricular. No entanto, não cabem mais medidas de adequação. Não queremos mais paliativos que acobertem a falta de compromisso do Governo do Estado com os campi do interior, em especial com o Campus Arcoverde. PARAMOS NOSSAS ATIVIDADES. Não há como prosseguir o curso sem seu componente prático. Estamos cansados de  prazos que não se cumprem, queremos ações. Necessitamos de uma atitude imediata. Pedimos o apoio da população para alcançarmos o que é nosso por direito: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

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