As doenças que acometem os dentes e seus tecidos de suporte, tem na sua grande maioria, tratamento, e não cura.

Por isso diz-se: Tratamento Odontológico e não Cura Odontológica.

Para que o dente fosse curado, este precisaria ser capaz de se regenerar, o que infelizmente, não é possível.

A restauração devolve ao dente sua capacidade de manter as funções mastigatórias, funcionais e estéticas.

Nem parece um dente restaurado! Mas é. E não é pra sempre.

Um dente restaurado pode e deve continuar exercendo o trabalho para o qual foi projetado, mas nunca mais será igual ao original.

Gengiva e ossos são ainda mais complexos. As doenças que acometem estes tecidos, não raro, são muito invasivas.

Um dente que teve uma lesão por cárie, e foi restaurado, não está curado. Está tratado. Vai precisar de avaliações periódicas. A união entre a restauração e o dente não é perfeita, e a possibilidade de cariar novamente, existe.

O material restaurador, mesmo os mais modernos, tem propriedades físico-quimicas diferentes do dente, e portanto, reagem de forma diferentes a estímulos iguais.

As restaurações indiretas (próteses) são ainda mais complexas. Mesmo que muito bem adaptadas, tem na sua união com o dente uma região crítica.

A gengiva tem sim uma capacidade de regeneração, mas é limitada. Sucessivos traumas comprometem esta propriedade.

Os ossos, estes não toleram desaforo. Uma vez traumatizado e perdido, não se forma mais. E o pior, não tem como restaurá-lo.

Assim como o cardiologista, que não cura a arritmia cardíaca, e sim a trata, nós, os dentistas, tratamos os dentes.

Os elementos tratados devem ter igual ou maior cuidado por parte do paciente.

Nós não somos responsáveis, eternamente, por aquilo que tratamos.

Mesmo cumprindo as mais rígidas normas e melhores materiais, se o paciente não fizer a sua parte em casa, de nada adiantará.

Eu costumo dizer: DEUS deu pra você o melhor material, e deveria durar a sua vida toda. Não durou. Quem sou eu pra fazer algo que durará eternamente.

Darei o meu melhor. Faça a sua parte.

Guest Post

Guest post escrito pela Dra. Celia Barral, dos blogs Odontostalgia e Pensamentos Compartilhados.

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