Segunda-feira, final do dia. Eis que sinto uma queimação no canto do lábio inferior e uma coceirinha chata. Fui até o banheiro e, BINGO: lá estavam as pequenas vesículas se formando.

Sim, eu tenho Herpes labial.

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Trata-se de uma doença viral recorrente, causada pelo Herpes simples virus, e pode acometer a mucosa bucal, a genitália e até mesmo causar problemas neurológicos. O vírus tipo I é responsável pelo acomentimento da boca, enquanto o tipo II pelo aparecimento da doença na região genital. A doença não tem cura e relaciona-se, quase que diretamente, com o estado emocional e queda de imunidade do hospedeiro. Em pacientes imunocomprometidos, as lesões herpéticas podem ser severas. A doença, também, é classificada como uma DST.

No dia a dia do consultório, é uma doença comumente diagnosticada e é responsável, muitas vezes, pelo atraso no tratamento uma vez que há desconforto para o paciente, risco de contágio, dificuldade da realização de procedimentos pela limitação de movimentos (dor, sangramento, dificuldade de instrumentação) e necessidade de aumento da biossegurança durante a sessão, de modo a evitar infecções cruzadas e proteção de equipe profissional e paciente.

Lesões características do vírus da Herpes

Lesões características do vírus da Herpes

A liberação do vírus acontece quando há rompimento das vesículas (pequenas bolhas com água) que caracterizam a manifestação clínica da doença, podendo sobreviver por horas ou dias no meio externo. O contágio acontece por meio de contato. O toque com os dedos pode resultar em contaminação de outras áreas do corpo.

A suspensão do tratamento odontológico nos casos onde o paciente apresenta as lesões é muito importante, pois a instrumentação pode gerar o rompimento das vesículas e, com isso, todo material deve ser descartado após a contaminação. Também deve-se tomar cuidado para que o conteúdo líquido das vesículas não escorram para outras áreas do corpo, resultando em autocontaminação.

O paciente deve ser orientado a não romper as “bolhas”, a evitar o toque com os dedos e consequente transmissão para olhos e outras mucosas, separar talheres, copos, pratos, produtos de higiene, roupa de cama e banho. Além dos cuidados com a contaminação, o dentista pode prescrever medicação específica para o caso.

Assim como deve-se evitar o atendimento de pacientes com a doença, nós profissionais também não devemos atender caso estejamos com as manifestações clínicas do vírus, principalmente pelo risco de contaminarmos nossa equipe de trabalho e os pacientes que tiverem contato conosco. Caso o Dentista preste serviço a terceiros, atestado médico deve ser solicitado, e o tempo varia de 3 a 5 dias, dependendo da lesão.

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