Não sou mãe ainda, mas um dia eu serei.
Estava há pouco tomando um café na padaria aqui perto do consultório e tinha uma menininha linda e super bem vestida lanchando com a mãe. Ou melhor, atrapalhando o lanche da mãe. Elas sentaram na mesa ao lado da minha, vi que a mãe dei meio pastel pra ela e um suco, e comeu a outra metade junto com um café. Foi chegar o café da mãe e a menininha começou:
“Mãe, quero cafezinho! Quero cafézinho!”
E a mãe explicando que era quente, que o café era dela. Pra menina tomar o suco.
“MÃÃÃÃÃÃE, MAMÃÃÃÃÃE, QUERO CAFÉZINHO BUÁÁÁÁÁÁA!!!!”
E a mãe deu um pouco do café pra menina. Ela queimou a lingua, achou ruim e não sossegou. Começou a olhar ao redor e viu pirulitos.
“Mãe, quero um pirulito.”
E a mãe “Primeiro come o teu pastel. Depois eu te dou um pirulito.”
‘MÃÃÃÃÃE, EU QUERO UM PIRULITO!!!! QUE QUE CUSTA ME DAR UM PIRULITO? BUÁÁÁÁÁ!!!”
E eu assistindo a tudo. A mãe levantou, foi lá e pegou um pirulito pra menina. Ela lambeu um pouco o pirulito e deixou em cima da mesa.
Nessas alturas eu já tinha achado tudo um absurdo e levantei pra pagar. De repente, do meu lado no caixa tá a menininha na ponta dos pés pegando mais uns pirulitos do balcão. Pegou 3 e quase derrubou o suporte no chão. Caminhou pela padaria toda e foi atrás do balcão. E a mãe nada fez.
Não sou velha, mas fui criada num tempo onde a gente respeitava DEMAIS pai e mãe. Espernear no mercado porque a mãe não quis comprar um pirulito era algo impensável, pois a varinha “comia” em casa. E ainda tinha que ouvir um “vou contar pro teu pai quando ele chegar do trabalho, aí tu vai ver.” Aí a gente ficava quietinho e não fazia fiasco.
Hoje em dia a gente vai num restaurante, numa janta de amigos ou até mesmo no mercado e vê os pais fazendo todas as vontades dos filhos. Permitindo que eles corram e derrubem no chão coisas das prateleiras, permitindo que mexam nas bolsas dos amigos, se jogando no chão e fazendo escândalos. Pergunto: que tipo de adulto essas pessoas estão criando???
Não sou psicóloga, mas atendo muitas crianças na minha rotina odontológica; confesso que está cada vez mais difícil lidar com os pais das crianças. Sinto que as crianças imploram por limites, e é incrível como é mais fácil atendê-las sem os pais na sala.
Um outro exemplo interessante é o que vi em um supermercado em Torres. Uma criança começou a fazer birra porque queria um salgadinho e foi simplesmente ignorada pela mãe, esta psicóloga. A menina colocou o pacote 3 vezes no carrinho e a mãe três vezes tirou, simplesmente fazendo que não conhecia a criança que queria chamar a atenção. Fez as compras, pagou, colocou no carro e a criança ainda estava atirada perto do caixa chorando. Depois de guardas as compras, ela foi lá, pegou a criança embaixo do braço e carregou calmamente até o carro, na cadeirinha. Um baita exemplo de como agir em situações assim.
Os pais não devem sentir vergonha das crianças fazendo birra, pois assim elas continuarão fazendo até conseguir o que querem. Não estou dizendo que de agora em diante a varinha deve começar a comer de novo. Eu mesma nunca apanhei de varinha, mas tenho memória dela em cima da mesinha da sala ou da cozinha caso houvesse alguma malcriação. A gente tinha medo da varinha, e medo do pai. A gente não desobedecia, não fazia os pais passarem vergonha na rua, porque chegando em casa sabia que poderia acontecer o pior.
Enfim, você que é mãe, se consegue dar limites aos seus filhos parabéns! Caso contrário, a psicologia doméstica resolve muitas coisas. Não faça todas as vontades do seu filho. É na infância que construímos nosso caráter, e se as crianças crescem com a idéia que conseguem tudo no grito e na birra vão ser adultos frustrados e cheios de tarjas pretas na caixinha de remédios.
Pelos adultos de amanhã, eduque seu filho. A escola apenas ensina, quem educa são os pais.
#goDIVAS! GO!
PS: Lembro de algo que eu e a mãe fazíamos com minha irmã mais nova quando ela começava assim. A gente batia uma foto dela chorando e dizia que ia mostrar pra todo mundo como ela ficava feia chorando. E naquela época nem existia câmera digital. Acho que vale bater uma foto com o celular e mostrar pra criança como ela fica quando chora e faz birra…. sejam criativos, a tecnologia permite 😉
Marjo adorei seu comentário…bem verdade no meu tempo tbm a varinha comia quando chegasse em casa e vai ser assim o Braian…temos que dar limites e ensinar desde pequeno, pois do jeito que está as coisas é melhor uma varinha hoje do que a vida ensinar de outra forma amanha…
Bjs
E tem toda a questão psicológica da varinha, não precisa usar, apenas mostrar que ela está lá. Eu apanhei muuuuito de PANTUFA na minha infância. Doer? Nunca machucou ou doeu, mas tinha a questão da humilhação de fugir da pantufada kkkk
Barbaro o comentário. Tbém não sou mãe, mas como tenho a intenção, parei p ler. Conheci hj o blogg e me identifiquei c a furia contra a odontoprev. Parabens pela iniciativa