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Conquisto minhas pequenas crionças com pirulitos.
Muitos pais me perguntam: “Mas por que pirulito? Vai estragar os dentes.”
O pirulito é um mimo, algo que as crianças querem. Nenhuma criança quer ir ao dentista tirar o bichinho do dente por nada.
Na primeira vez que elas vêm ao consultório sempre ganham uma escova de dentes também, pra associar o doce com a escovação depois. É um engano pensar que o doce por si só causa cárie. Ou que o antibiótico causa cárie. O que causa a cárie na realidade é o açúcar presente, que associado com a microbiota bucal e a não escovação faz com que a cárie apareça. O que fazer então?
Não se cura cárie evitando comer doce. A cárie é evitada com EDUCAÇÃO EM SAÚDE. E como fazer isso? Em primeiro lugar, educando os pais, pra que eles escovem os dentes dos seus filhos. Depois, educando as crianças, para que elas cresçam sabendo da importância da escovação após os doces e após as refeições. E educação não custa nada!!
Sempre faço isso com as crianças da escola municipal que eu cuido, o Urbano Ribas, na área da ESF que eu atuo. Em 3 anos de trabalho educativo na escola já notei diferença nos dentes das crianças e na procura pelo dentista (nesse caso eu) no posto. Tenho orgulho de dizer que o meu trabalho vem dando certo, e que muitas vezes as crianças mais carentes são mais beneficiadas com isso, graças a preocupação em medidas educativas a elas ser maior por parte do serviço público.
Mas aí vem a dúvida… e como ficam as outras crianças que não pertencem à área do PSF nem a Escola Urbano Ribas? Teve gente que já pensou nisso.
A primeira vez que ouvi falar da Turma do Bem e do projeto Dentistas do Bem foi pela televisão, no Caldeirão do Huck. Nesse dia, o Luciano Huck entrou em contato com o Dr. Fábio Bibancos para que ele desse assistência às crianças de uma casa do quadro Lar, Doce Lar. No mesmo instante fui procurar na internet mais sobre essas pessoas e como funcionava o projeto.
Entrei em contato com os responsáveis e descobri que na minha cidade existem alguns dentistas do bem mas não existe um coordenador regional. O projeto “existe” mas ninguém se responsabilizou pela parte prática dele, como escolher as escolas, agendar triagens e principalmente, conquistar mais colegas com a causa. Desde então venho tentando me tornar a coordenadora regional de Passo Fundo, e por falta de tempo útil a única coisa que tá me faltando no momento é uma impressora pra imprimir as fichas ou uma desculpa melhor pra começar a trabalhar. O twitter possibilitou um contado direto com o @bibancos e com os responsáveis pelo projeto, agilizando e facilitando tudo. Pois bem, e onde fica a educação em saúde nisso tudo?
O tratamento odontológico acaba sendo realizado apenas uma vez. Você como dentista tem que acompanhar a criança até os 18 anos, mas se você conseguir conscientizar essa criança ou pré-adolescente e principalmente, os responsáveis por ela, não vai ter aquele paciente problema no consultório. Torna-se barato e fácil cuidar de várias crianças por ano, pois uma vez realizado o tratamento o restante é manutenção.
Pra mim a idéia é genial, e as OdontoDivas apoiam a Turma do Bem! E você, já fez a sua parte pro mundo sorrir melhor? 😉
>Há mais de oito anos faço parte do projeto "Adotei um sorriso" que tem parceria com o Instituto Airton Senna e a Abrinq. As crianças são tratadas nos consultórios dos "padrinhos" até completarem 18 anos. É muito pouco que faço, mas recebo muito de volta. O reconhecimento é gratificante. A mãe sempre fala coisas do tipo: "Eu nunca poderia pagar um tratamento destes pro meu filho." Depois de apagado o incêndio inicial, os apadrinhados vem trimestralmente ou mais só pra acompanhar. No meu caso, sempre consegui a concientização da importância da prevenção.
>Não tenho meu cadastro na TB.
Mas tenho um projeto social de atendimento de cerca de 40 crianças, acolhidas pela equipe do grupo Missionários da Luz, aqui em Resende.
O projeto consta de triagem, educação em saúde, ART e encaminhamento ao consultório das crianças assistidas pelo programa. Por enquanto, tenho 3 dentistas que estão dentro do programa. Mas acredito que esse tio de ação seja como catapora. Pode não ter feridinha, mas ta ali e PASSA, DE PESSOA PRA PESSOA! É uma questão de mobilização, de conscientização. "NÃO HÁ SALVAÇÃO SEM CARIDADE!" Se temos, em mãos, o dom de curar, que façamos dele o BEM de muitas pessoas!
Parabéns pelo post!