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Tudo começa com ameaças, protestos, pequenas paralisações dos professores e/ou funcionários ou até mesmo alunos, e quando se vê: GREVE! E agora?
Pra uns, uma boa, férias fora de época e tal, mas para outros, desepero. O que fazer durante dias, semanas ou até meses???
Bom, eu já passei por essa situação 2 vezes, e em umas delas, onde o tempo foi maior, a preocupação bateu. Foram 45 dias de greve. Perdi mais da metade das minhas férias de janeiro repondo tudo e sabendo que nada foi resolvido com tantos dias parados.
Como eu faço pesquisa científica, aproveitei o tempo “livre” e dei uma boa adiantada nos meus assuntos, o que serve de conselho para quem está de greve e também faz parte da iniciação científica.
Mas, para quem não é pesquisador, o que fazer? Viajar pra visitar os amigos? Mas tá todo mundo estudando em pleno mês de maio. Ir pra casa de parentes? O povo tá trabalhando.
E então? Recomendo colocar a leitura em dia, compre um bom livro. E pra quem não gosta de ler, talvez estudar um pouco, ajude. Pegue uma matéria que tenha mais dificuldade e debruce até aprender. Ou quem sabe, saia mais, veja bons filmes, seja no cinema ou em casa. Durma até mais tarde, saia do tédio, vá para a internet, ou até que mesmo, procure um trabalho voluntário pra fazer, alguma coisa que tenha perto da sua casa, na sua comunidade, algum grupo que esteja precisando de pessoas para ajudar, ou, um lugar filantrópico (hospitais, orfanatos, casas de apoio a idosos, crianças, enfim, lugar e gente precisando é o que não falta) isso ajuda muito no seu crescimento pessoal e de carater e não vai te arrancar pedaço, pelo contrário.
Espero ter ajudado, quem já passou por esses períodos de fazer nada, deixe aqui seu depoimento e sugestões para quem está nesta situação.
😀
>Obrigada Clara e Dog, esse período não é facil mesmo! dá uma angústia e incertezas,mas no fim dá tudo certo 🙂
>Eu particularmente nunca enfrentei greves na faculdade e espero nunca passar por isso, deve ser uma delícia mas angustiante ao mesmo tempo.
>É quem estudou/estuda em universidades públicas pelo menos uma vez na vida vai enfrentar essa barra. Tou passando por isso e sugerir o tema pra Dai que escreveu muito bem, é bem isso ai o que estou passando, vim pra casa dos meus pais e não tenho nada pra fazer, cidade pequena todos meus amigos estudando e eu aqui conectado 24hs por dia. Aceito sugestões de filmes e séries viu. Bj Dai e a todas as meninas do odontodivas pois estão de parabéns!
>Ótimo post Daia! Parabéns!
>Passei por isso no último semestre, durou aprox 60 dias. Infelizmente com pouco sucesso para os grevistas e muito prejuízo pra nós. Tivemos clinica no dia seguinte a Colação de Grau. O baile foi em dezembro e as clinicas foram até fevereiro. O conteúdo certamente não foi totalmente dado e os casos da clinica tiveram que ser "acelerados". Teoricamente me formei em 1990, mas meu diploma é de fev/91, o que causou problemas pra colegas que quiseram fazer especialização 2 anos depois (naquele tempo precisava esperar).
Como eu era recém casada, não foi um tempo ruim, né? Aproveitei para me adaptar a nova vida. Como estavamos no final, muitos colegas já tinham "emprego" mas poucos aproveitaram pra estudar.
>Durante minha vida acadêmica, peguei 2 períodos de greve, ambos muito longos. O primeiro foi logo no primeiro período. Fiz o que a turma toda fez: voltei pra casa (eu morava a cerca de 850km da minha família). Férias forçadas por 2 meses. Não fiz nada muito produtivo.
A segunda greve que peguei foi mais complicada. Foi no último período do curso, o que acabou atrasando a formatura. Como eu estava fazendo um curso de odontopediatria (toda segunda), não tinha como ir pra casa. Aproveitei para estudar, descansar, viajar com os amigos que ficaram na cidade, muitos churrascos. Lembro que alguns professores não aderiram e os serviços da clínica integrada e da pediatria eram terceirizados. Ou seja: Tinha atendimento clínico.
No fim das contas, formamos com cerca de 40 dias de atraso em relação ao planejado.