Mais uma vez vamos falar sobre o vilão chamado Peróxido de Hidrogênio, produto responsável pelo clareamento dental e que vem sendo indicado, por pessoas sem conhecimento, como agente antisséptico de rotina.

Clareamento Dental e, de um modo geral, o uso de Peróxido de Hidrogênio, deve ser realizado de forma criteriosa e sob supervisão de um Dentista.

A água oxigenada, nome popular do peróxido, não deve ser considerada um cosmético. Para ser considerado cosmético, o produto não pode gerar alteração fisiológica. E isso não acontece, já que ele age no esmalte, na dentina, na polpa e tecidos moles, seja causando a remoção de pigmentos, seja causando porosidades na estrutura ou alterações na cor e brilho da gengiva e outros tecidos.

Nome popular do Peróxido de Hidrogênio

Nome popular do Peróxido de Hidrogênio

Portanto, já que causam essas alterações, a água oxigenada é considerada MEDICAMENTO e, exatamente por isso, que entidades como CROSP e APCD estão propondo a regulamentação da comercialização desse produto somente com a apresentação e retenção de receita, prescrita por Dentistas, nas farmácias e internet, assim como acontece com os antibióticos.

(Daí que eu me pergunto, até agora, como as tiras branqueadoras da Gisele estavam sendo distribuídas no CIOSP, Congresso Internacional realizado pela APCD, uma das entidades que propôs a venda do produto mediante prescrição de um dentista………)

É comum relatos em blogs ou redes sociais que o Dentista quer o lucro e que o paciente pode utilizar o produto sem a orientação profissional. Em várias postagens aqui no Blog, podemos ver a revolta dos pacientes em relação ao controle profissional no caso de procedimentos de clareamento dental.

Sabe-se que o peróxido tem efeitos deletérios sobre as estruturas duras e moles presentes na boca. Porém, quando manipulado e aplicado seguindo protocolos clínicos de utilização, conseguimos diminuir os riscos e usá-lo a favor da saúde do paciente.

Além de atuar no clareamento e, até mesmo, como auxiliar de quadros infecciosos, a água oxigenada tem poder promover a carcinogênese bucal, por meio da potencialização de outros agentes carcinógenos presentes no meio bucal, como pesticidas, herbicidas, alimentos, tabaco, vírus, etc.

Como já dito, o profissional de Odontologia utiliza de meios de isolamento para a aplicação segura do produto nos dentes, bem como orienta a forma e a quantidade de produto a ser usada nos procedimentos caseiros.

O contato do produto com tecidos moles causa vermelhidão e queimaduras, podendo até mesmo evoluir para lesões ulceradas que não cicatrizam normalmente. O esmalte fica poroso e pode resultar em quadros dolorosos pela agressão ao tecido pulpar.

A automedicação é muito frequente, infelizmente, e não podemos medir o dano da utilização do medicamento em longo prazo. Do mesmo modo, Dentistas e entidades preocupam-se com a venda indiscriminada de agentes clareadores nas farmácias do país e na internet.

O paciente precisa conscientizar-se que a água oxigenada causa danos ao organismo e que sua utilização deve ser feita com cautela e sob supervisão profissional.

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