Boa tarde! Já tomou sol hoje?

Nosso dia a dia pode ser cretino, e com a crise atual nos obrigamos a trabalhar por horas e horas a fio no consultório. Ficamos o dia inteiro fechado em 4 paredes. Chega fim de semana, quem quer sair pra caminhar? Se possível – ainda mais com o frio que se aproxima – a gente fica fechado no quarto no escuro botando o sono em dia.

Tá, e aí? Quem nunca?

Todos nós já fizemos isso. E tenha certeza, independente do tom de pele que você tenha, seus níveis de Vitamina D devem estar baixos – abaixo de 40ng\ml.

Como já falamos antes aqui, a Vitamina D é na verdade um hormônio, o colecalciferol. A grande diferença é que, conseguimos adquirir a maioria das vitaminas através de uma alimentação balanceada, já os hormônios não, nosso organismo tem que produzi-los.

A molécula de colecalciferol (vitamina D) foi descoberta há mais de 1 século, nos alimentos primeiramente. Acreditava-se que se tratava de uma vitamina, e este nome ficou consagrado pelo uso (por ter sido descoberta depois das Vitaminas A, B e C).

A vitamina D produzida na pele é a principal fonte dessa vitamina para o corpo. Hoje sabemos que a quantidade que há nos alimentos como peixe e fígado, não supre nossas necessidades diárias deste nutriente, e que devemos tomar sol para produzir este hormônio.

E como fazer isso, se ficamos fechados no consultório o dia inteiro e mal temos vontade de sair de casa no fim de semana?

Para produzir vitamina D de forma segura, devemos tomar banho de sol por pelo menos 15 minutos por dia, sem usar protetor solar. 

Nosso corpo tem alguns órgãos mais especializados em produzir hormônios como por exemplo a tireóide, ovários, testículos… Já o órgão responsável pela produção da vitamina D é a pele, e esta produção é estimulada pelos raios ultravioleta B (UVB) do sol,porém isso não ocorre se estivermos com protetor solar, roupa ou através de vidros.

E como fazer isso, visto os riscos que a exposição solar sem proteção nos oferece?

Então, foi por isso que eu disse no começo deste texto que seus níveis de Vitamina D devem estar baixos. Inúmeros trabalhos científicos demonstram que hoje há no mundo mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência deste hormônio incluindo gestantes, crianças e idosos.

Como dentistas, trabalhamos fechados em nossos consultórios o dia inteiro. E quando vamos pro sol, não é saudável se expor sem a devida proteção, visto elevado risco de câncer de pele.

E quais os riscos a que estamos expostos com níveis baixos de Vitamina D?

Só para se ter idéia, sabe-se que o genoma humano apresenta em torno de 23 mil genes funcionais. Destes, a Vitamina D3 está envolvida diretamente com mais de 2 mil genes! Sua ausência pode causar uma série de complicações, entre elas fadiga crônica, depressão, dores óssea e musculares, osteoporose, baixa imunidade, doenças cardíacas, hipertensão, obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e tipo 1, doenças respiratórias, alergias, problemas na tireóide e diversos cânceres como de mama, próstata, cólon…. entre outras tantas alterações.

Em quantos dos itens acima você se enquadrou? Vamos primeiro saber como funciona este hormônio.

O colecalciferol (vitamina D) que produzimos na pele pelo estímulo dos raios do sol UVB, é distribuído pelo sangue para todas as células do corpo e após algumas mudanças bioquímicas se transforma na forma ativa que irá se ligar a um receptor específico que vai agir no DNA ligando e desligando genes (direta ou indiretamente) regulando assim o funcionamento de nosso organismo, evitando os sintomas e doenças citadas acima.

E quais são as principais funções da Vitamina D no nosso organismo, além de prevenir doenças?

Este hormônio é responsável pela absorção intestinal do cálcio e fósforo, além de ser um importante co-fator para a liberação de insulina pelo pâncreas. Tem um importante papel na síntese dos fatores de coagulação, no desenvolvimento dos ossos e dentes, estimula a mineralização óssea e ainda, co-fator para a fisiologia da tireóide.

Por isso, da mesma forma que fazemos exames de sangue de rotina para checar nossos níveis de hormônios da tireóide, ovarianos, testosterona entre outros, devemos mais do que nunca incluir a dosagem da 25-hidroxi-vitamina D sanguínea nos nossos exames.  O funcionamento harmônico de todos esses hormônios previne doenças, o envelhecimento, além de nos ajudar a ter disposição e bem estar.

Quando devemos repor em nosso organismo este hormônio?

Uma vez constatada a necessidade através do exame sanguíneo!!

Segundo o Dr. Cedric Garland, é necessária a ingestão diária de vitamina D por adultos na faixa de 4.000 a 8.000 UI  para manter os níveis sanguíneos de metabólitos da vitamina D no intervalo necessário para reduzir em cerca de metade o risco de diversas doenças. – câncer de mama,  câncer de cólon, esclerose múltipla e diabetes tipo 1.

Segundo o Dr. Victor Sorrentino,  não devemos comprar em hipótese alguma vitamina D em farmácias, pois não se administra esta substância em cápsulas, mas sim injetável, em gel de alta absorção pela pele ou em gotas sublinguais. O motivo é que desta forma estaremos fazendo com que ela seja absorvida diretamente na corrente sanguínea, tal como necessita para exercer sua função e evitando quaisquer danos ao nosso metabolismo.

No curso de Modulação Hormonal Nano na Odontologia, do Dr. Marco Botelho, recomendamos a reposição deste hormônio via transdérmica através da nanotecnologia, pois assim o metabolismo de primeira passagem encontra-se ausente, há um maior conforto na posologia, menos metabólitos, menor ganho de peso, menor chance de síndrome metabólica e menor risco de tromboembolismo. Já que a principal fonte de Vitamina D para seres humanos é sua síntese endógena na pele através da conversão  fotoquímica de um precursor, 7-desidrocolesterol, através da energia solar ou luz UV artificial na variação de 290 a 315 nm (radiação UVB), nada melhor do que sua reposição no organismo seja através da pele.

O que meu exame deve marcar para considerar um “nível adequado”de Vitamina D?

Quando se trata de vitamina D, você não quer estar na “média” ou no “normal”; você deve realmente buscar a faixa do “ótimo”. A razão para isso é que, a medida que os anos passam e as pesquisas avançam, a faixa recomendada progressivamente aumenta. Muitas vezes, o padrão utilizado em exames como “normal” fica defasado com as informações mais atuais.

No momento, com base na avaliação de populações saudáveis ??que recebem muita exposição solar natural, o intervalo ideal para a saúde geral parece estar em algum lugar entre 50 e 70 ng/ml.

Deficiência <50 ng/ml
Bom 50–70 ng/ml
Ótimo (tratamento de câncer e doenças cardíacas) 70–100 ng/ml
Excesso >100 ng/ml

Por fim… por que fala-se tão pouco sobre Vitamina D na prevenção e tratamento de doenças???

Como a vitamina D é um hormônio que produzimos e não pode ser patenteada não há interesse econômico em se divulgar sua importância – já que a indústria farmacêutica regula o mercado da saúde-doença.

Um exemplo disso, o Instituto de Medicina do governo dos EUA  intencionalmente minimizou recomendações de vitamina D, em um esforço para manter o aumento nos lucros da indústria do câncer, negando qualquer benefício real à vitamina D. As recomendações do IOM mais recentes pareciam destinadas a realmente causar deficiência de vitamina D na população dos EUA.

O IOM tem mesmo saído do seu caminho para diminuir artificialmente o limiar de deficiência de vitamina D, afirmando que 20 ng/ml seja um nível suficiente. Isto magicamente transforma uma pessoa “deficiente” em uma pessoa “não-deficiente” simplesmente trocando-se as definições. Assim, uma pessoa com um nível de 22 ng/ml, por exemplo, não é considerada “deficiente de vitamina D” pelo sistema médico estabelecido, embora os seus níveis de vitamina D sejam tão baixos que não possa ser capaz de impedir o câncer, EM ou diabetes tipo-1.

Segundo o Dr. Victor Sorrentino, nós somos responsáveis por levar a informação e buscar um tratamento com prevenção ativa. Nesse caso, prevenção não significa realizar exames em busca de doenças, mas sim realizar exames (principalmente sanguíneos) para que possam ser identificados desequilíbrios e que através da real prevenção, a doença não se instale.

O uso correto de Vitaminas e minerais é de fato uma forma de prevenção de doenças.  Pois a máxima nos mostra que “em corpo sadio, a doença não é capaz de se instalar”.  E olha o impacto que isto poderia causar na saúde pública, se realmente as pessoas tivessem orientações, se as que podem, investissem e aquelas que não têm condições fossem basicamente financiadas pelo SUS. É infinitamente mais barato fazer prevenção do que ter os gastos absurdos do tratamento de doenças!!

E agora? Você decide. Eu, Marjorie Lanzarin, escolhi prevenir e faço reposição com 10000UI por dia há aproximadamente 2 anos, por muitos motivos…

Quer saber mais? Leia os textos que inspiraram esse post nos links abaixo:

PS: recomendo também que adicione o Dr. Marco Botelho no facebook. Quase toda noite ele faz uma live com assuntos interessantes referente a hormônios! Fiz o curso dele e virei fã!!!

#goDIVAS! GO!

 

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