O implante dentário feito hoje em dia, dentro do protocolo correto, tendo todos os cuidados de avaliação prévia do paciente, é algo feito para durar por muito tempo. Porém, o cigarro pode ser um dos maiores inimigos do sucesso nesse tipo de procedimento.
A chance de um implante dentário não dar certo em paciente tabagista é muito maior que nos não-tabagistas. Pois fumantes são mais suscetíveis à dificuldade na cicatrização e mais propensos a infecções.
O implante requer cuidados para a instalação e esses cuidados não são só do dentista, são do paciente também. O ideal seria que o paciente deixasse de fumar, mas quando não se consegue isso, o “ideal”, seria parar de fumar três dias antes da intervenção para a instalação do implante dentário e 60 dias após a cirurgia.
Pesquisadores espanhóis estudaram (*) 66 pacientes que receberam 165 implantes e acompanharam sua evolução durante cinco anos. O índice de insucesso do implante em fumantes foi de 15,8%, em comparação com apenas 1,4% nos não-fumantes.
O monóxido de carbono e a nicotina presentes no cigarro interferem na formação óssea, mudando as funções normais da célula, diminuindo a síntese de colágeno e a oxigenação do sangue, diminuindo assim o metabolismo e a circulação sanguínea impedindo que a região que recebeu o implante cicatrize adequadamente após a cirurgia.
Hoje se sabe que implantes de superfícies tratadas, implantes na mandíbula e de pacientes que reduzem a quantidade de consumo do cigarro antes e após a cirurgia têm um pouco mais de sucesso. Veja bem: isso não indica 100% de sucesso.
O ideal seria conversar bem com o dentista antes do procedimento para ter tudo esclarecido e para que tudo ocorra da melhor maneira e se consiga o sucesso no procedimento.
(*) Leia o artigo completo aqui (em inglês): Tobacco as a Risk Factor for Survival of Dental Implants
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