“Plágio: s.f / Latim: plagium, ii, roubo de escravo / 1. Ato ou efeito de plagiar / 2. Imitação ou cópia fraudulenta” (De acordo com definição no dicionário)
Vivemos em dias onde é mais fácil a cópia do que a criatividade! É interessante, por um ponto, saber que fomos inspiração para tal pessoa escrever sobre algo. Durante poucos momentos… Logo ficamos incomodados e nos sentimos lesados. Ainda mais quando a cópia fraudulenta distorce a real intenção do nosso texto.
Caiu na rede, não é seu! Escrever na Internet, sobre o assunto que for, é colocar sua obra em risco, sua criatividade e, até mesmo, a sua imagem.
Não há uma legislação específica para crimes virtuais (partindo do princípio que plágio é um crime e ocorre diariamente entre blogs, sejam odontológicos ou não), textos publicados na Internet são protegidos pela Lei nº 9.610 – Lei dos Direitos Autorais (entenda-se direitos do AUTOR e aquilo que está ligado a ele). E, não existe obrigatoriedade de registro dos textos publicados, ou seja, fazê-lo ou não é de opção de quem escreve.
Muita gente acha aceitável a cópia de partes ou a totalidade de textos publicados. Não! Isso está errado! O autor tem direitos assegurados por lei e, tal ato, constitui crime, que pode levar de 3 meses a 4 anos de PRISÃO, de acordo com a Lei 10.695, do CP (Código Penal ).
A pior questão do plágio é quando o plagiador modifica a real intenção da publicação. Ou seja, desvirtua a obra.
No caso, nosso colega em específico, Dr. Luis Rodolfo, do blog Dicasodonto, foi vítima disso! Na publicação do jornal “Tribuna da Bahia“, trechos de um post do colega foi “citado” (http://dente.me/kqHspi).
Além do plágio, tal publicação, sem qualquer tipo de conhecimento em Odontologia, questiona procedimentos, valores cobrados e culpa os dentistas, de certa forma, pela situação “banguela” (de acordo com a própria publicação), de grande parte da população brasileira.
Não bastasse o crime, previsto por Lei, o jornalista ainda argumenta erroneamente sobre a nossa área!
Quanto cada dentista cobra em seus procedimentos? Não sei… E não me interessa! Cada um valoriza seu trabalho e sabe os investimentos que fez/faz na profissão para atendimento diário: formação acadêmica, investimentos em pós graduações e cursos de atualizações, Congressos, equipamentos, periféricos, materiais odontológicos, gastos fixos do estabelecimento (como aluguel, secretária, telefone, luz, água) e, principalmente, a diversidade existente entre os atendimentos que prestamos, levando em conta que um paciente não é igual ao outro! Cada um requer uma atenção, apresenta sua dificuldade e suas particularidades.
O jornalista, infeliz, em seu trabalho (desculpe, mas mal feito), não aprendeu no seu curso de graduação (??? hein ???) dos problemas gerados com esse tipo de ato. No caso do Jornalismo, por muitas vezes sensacionalista e infundado, o curso não é considerado mais como nível superior. E, tem horas que, me questiono se realmente se faz necessário devido às inúmeras publicações que tendem do absurdo ao ridículo, que se aproveitam da falta de conhecimento da população e que são levianas e denotam incompetência por parte dos que a publicam.
Mas nós, ODONTÓLOGOS DE NÍVEL SUPERIOR, sabemos onde termina os nossos direitos e começa o direito dos colegas! Não podemos permitir que isso aconteça!
Vivemos em uma Democracia. Podemos fazer de tudo!
Porém, devemos estar dispostos a pagar o preço das escolhas.
Somente um “esclarecimento”, que não tem [quase] nada a ver com o texto:
Jornalismo [ou comunicação social-jornalismo] é nível superior SIM!
Já passei por isso algumas vezes. Já fui copiada por blogs sem receber crédito e até por um colunista de jornal (pasmem) no Ceará. É muito desagradável. Tem muita gente que pensa “Ah, mas é só um textinho, que mal há em copiar?”, mas não percebem que por trás dele há pesquisa, tempo dedicado à sua criação e, principalmente, aquele toque pessoal que torna o trabalho tão “nosso”.
Celia
Eu sou formada em Jornalismo e trabalhei durante muitos anos na área. Concordo com você. Costumo dizer que “jornalista é aquele sujeito que não se especialista em nada e que é obrigado a saber falar sobre tudo”. E nas Redações é exatamente isso que acontece: é encomendada uma matéria sobre qualquer assunto, o sujeito vai lá, faz meia dúzia de pesquisas e depois de terminar o texto pensa que virou “especialista” na área. Isso é muito triste. E o que mais conheço é “Jornalista” que faz pesquisa na Wikipedia e no Google apenas, que não se preocupa em caçar uma fonte confiável. Triste, mas verdade. (E por isso desisti da área. Hoje trabalho na indústria de petróleo)
>Querida, sou absolutamente contra generalizações, mas jornalistas e reporteres tem mania de saber tudo sobre tudo. Existe jornalista especialista em tudo. Que me desculpem as excessões. Se indignam ou apoiam o que não conhecem. Usam da credibilidade pra influenciar pessoas (vide IMBRA) e depois: nada a declarar. Como disse, há excessões, mas, deveriam ser a regra. bjo colega