Recebemos um comentário muito bom no post que ainda é o mais lido desse blog rosa, e achei MUITO pertinente falar um pouco sobre. É a visão de um paciente sobre os convênios e acho que cabe a nós revermos alguns conceitos.
Meu convênio é Odontoprev, mas não uso a mais de 3 anos porque o tratamento feito pelos dentistas conveniados não prestam… Procurei então um particular de qualidade na zona norte de SP (um dentista famoso na região que coloca anúncios em revistas do antes e depois do tratamento estético, tipo restauração de dente com retração de gengiva). Parei meu carro 2013 na frente do consultório (sim, o carro está financiado, mas em apenas 20 meses, não em 100) e fiz um orçamento para mim e minha noiva. Valor do tratamento: 24 mil reais!?!? Pois é, metade do preço do meu carro. E esses valores poderiam aumentar conforme o tratamento, caso precisasse modificar algo no meio do caminho.
Como vocês podem ver, um tratamento descente é para poucos, pelo menos aqui em SP, mas poderiam ficar no meio termo, pois eu me senti ofendido com o orçamento, um assaltado.
Eu pagaria até uns 5 mil no meu tratamento, mas agora estou fazendo diversos orçamentos e tendo que pagar consultas, que eu também acho um absurdo, pois quando eu pago uma consulta em um médico eu saio de lá com uma receita médica e já tratado de minha doença, porem os dentistas chegam a cobrar mais de 150,00 só para dizer quanto eu irei gastar no tratamento. Um absurdo!
Quando vocês resolverem brigar com os convênios, tenha certeza que a maior vítima é a gente, os pobres clientes, que somos lesados desde a compra de um veículo que custa 3x mais que em outros países, até por tratamentos duvidosos dos planos de saúde que somos obrigados a aceitar para não ter que deixar nosso carro no consultório.
Colegas… confesso que fiquei um pouco envergonhada, e hoje vou falar sobre o outro lado da questão, assim como nosso leitor enfatizou: o paciente.
Entrei em contato com ele pelo meu e-mail pessoal falando que o comentário dele viraria post e ele me mandou mais um:
Ótimo o seu blog, obrigado por ter feito ele.
Porém, estamos nos sentidos no meio de um tiroteio com os dentistas/médicos versus plano de saúde. Você não tem noção de como ja fomos mal tratados por dentistas conveniados. Parece que estamos fazendo um favor para eles, que é de graça… há excessões, mas poucas.
Realmente não tem como pensar que pagando apenas 35,00 por mes(descontado do holerite) tenhamos um bom atendimento ou bom material, mas sei que, pelo menos no banco que nos oferece o benefício, ele possui uns 5 mil funcionários pagantes… multiplicando isso por 35,00 sabemos que não é pouco dinheiro que a odontoprev recebe da empresa. Façam essas contas ao dizer que com pouco que se paga por mes não podemos receber tratamento adequado. E não é todo mes que vamos ao dentista, 1x por ano e olhe lá. Então esses 5 mil funcionários pagam 11 meses os 35,00 e não usam o dentista. E existem diversas empresas que oferecem esse benefício ao funcionário, então entra é muito dinheiro na odontoprev, é por este parâmetro que acreditávamos na boa prestação de serviço das clínicas e dentistas.
Mas isso não justifica o uso de material de segunda nem mal atendimento, o problema é do dentista com o convênio. Somos pacientes não apenas clientes ok?
Como em toda área, o bom profissional é sempre bem remunerado. Os bons dentistas em SP são ricos, mas nem todos os dentistas são bons, e esses reclamam mais.
Tenho que refazer 2 canais, e trocar restaurações mal feitas. E foi em dentistas particulares que foram feitas. Cobraram caro, não quer dizer que eram bons dentistas.
Quanto à convênios médicos, eu como conveniada passo pela mesma coisa. Marco consultas com 3 meses de antecedência pra conseguir um atendimento pagando só a diferença, que no particular conseguiria pra mesma semana. Mostrar exames então? Demora. Consultei com um médico particular pois os do convênio mal me olhariam e me dariam uma receita e não era isso que eu queria. O médico solicitou alguns exames pra poder me passar um diagnóstico melhor sobre a minha condição e marchei com R$447,00 no total consulta + exames, que poderia ter gasto apenas R$50,00 pelo convênio e talvez sem ter um diagnóstico preciso.
Hoje vou falar do nosso dever de profissional quando concordamos em atender pelo convênio.
Quando assinamos um contrato com um convênio nós estamos concordando com os termos do contrato, e o mesmo juramento que fizemos na faculdade deve continuar válido. Não é por estamos recebendo menos por um serviço prestado que este trabalho desse ser porco ou perder na qualidade.
Eu atendo a vários convênios, e em um deles não realizo clínica geral, apenas cirurgia. Em outros, realizo todos os procedimentos clínicos exceto procedimentos de prótese e estética dental. Em nenhum deles atendo emergências, por motivos óbvios, e deixei isso claro no contrato assinado. Minha cirurgia no paciente conveniado é a MESMA do paciente particular. Minha restauração do convênio segue o mesmo passo a passo do paciente que paga pelo procedimento particular. A qualidade do atendimento é a mesma em ambos.
Alguns me chamam de burra, mas meu negócio, meu marketing pessoal é a QUALIDADE dos atendimentos. E meu sistema de lucro no consultório é esse também, já que a excelência dos procedimentos não é deixada de lado. O que muda? Material de consumo. Um paciente que me paga uma restauração particular vai receber uma resina mais cara, de marca líder. Vai realizar uma exodontia com um anestésico melhor, top de linha. Meu paciente do convênio vai receber o “feijão com arroz”, uma resina de menor custo e um anestésico mais simples também, diferente do “filé mignon” do particular. Mas a QUALIDADE do preparo do filé mignos e do feijão com arroz vai ser a mesma.
Por que quase ninguém trabalha assim? Porque visam o lucro apenas. Ganham na QUANTIDADE, por isso, quanto mais rápido realizar o tratamento de um paciente conveniado mais gente ele vai poder atender, e consequentemente mais ele vai ganhar. E que diferença vai fazer se a restauração cair ou se sobrar um pedacinho de raiz dentro do osso desse paciente do convênio? “Ah, ele não pagou quase nada por isso, é permitido errar.
Eu não consigo ver as coisas desse jeito e talvez seja por isso que meu consultório tenha demorado tanto tempo pra começar a dar certo. Ou talvez é por eu ter trabalhado tantos anos na saúde pública, e ter aprendido a fazer muito com pouco material, em prol de sorrisos daqueles que mal conseguem comprar comida, e consequentemente não conseguir visar o lucro antes da saúde.
Quanto aos colegas que já tem sucesso profissional e cobram rios de dinheiro por um tratamento, cabe pensar também no ponto de vista do paciente. Não acho errado você cobrar caro se você tenha quem pague por isso, desde que os fins justifiquem os meios. O meu tratamento no consultório não é o mais barato e nem desejo ser procurada por isso. Mas também não é o mais caro, é o que acho justo pelo meu tempo de estudo e pelo resultado final. O meu foco é na qualidade, e tenho pacientes que me procuram por isso assim como tenho pacientes que me deixaram quando comecei a cobrar consulta. O resultado disso? Pacientes fiéis e eu profissionalmente satisfeita.
Pergunto: é difícil tratar nossos pacientes dessa maneira? Ou os nossos pacientes do convênio dessa maneira? Na minha opinião, nem um pouco, afinal, eu concordei com o contrato.
Quando escrevi o texto mais lido do blog, estava indignada por não ter sido paga pelos meus procedimentos realizados. Eu não havia tido nenhuma orientação pessoalmente ou por telefone sobre os procedimentos e os pré-requisitos, eu fiz apenas o que estava no manual e não recebi por aquilo. Tive um rombo de cerca de 2 mil no meu orçamento graças aquilo.
Com o texto no ar eu fui procurada pelos consultores da OdontoPrev que me disseram que a reclamação havia sido muito bem formulada e que eles fariam o possível para reverter o quadro, e assim fizeram. Recebi aquilo que havia sido burocraticamente glosado. Era só isso que eu queria, afinal, eu havia realizado os procedimentos e trabalhado de graça enquanto os pacientes eram descontados pelos procedimentos. Era apenas o justo. Me explicaram também que muitos bons dentistas acabam pagando pelos ruins e malandros que mandam procedimentos a mais ou riscam o rx periapical pra dizer que foi realizada uma endodontia, e se desculparam por eu ter sido uma das prejudicadas.
Hoje, que joguem as flechas voltei a atender por este convênio onde realizo apenas exodontias. Alguns dos meus pacientes me procuraram e pagaram por procedimentos particulares enquanto a paralisação estava acontecendo. Outros, ainda pagam por procedimentos que eu resolvi não realizar, pois deixei claro à entidade que realizaria apenas exodontias. Muitas coisas mudaram principalmente quanto ao envio de radiografias e fico feliz pela repercussão que o meu texto teve no país, principalmente pela quase união da classe.
Quero que fique claro a todos que a intenção desse texto de hoje é mostrar que se estamos dispostos a atender por convênios ninguém além de nós mesmos topamos fazer isso, e somos obrigados APENAS a realizar um bom trabalho. O paciente que paga convênio não tem culpa dos nossos repasses não são como nós desejamos, e merece sim um procedimento adequado.
Colega conveniado, repense nas suas atitudes. O dentista exige respeito das empresas, mas o paciente clama pelo nosso respeito como profissional. Se você é conveniado não discrimine seu paciente do convênio: você quis isso.
Reflitam.
#goDIVAS! GO!
É incrível como o ser humano é! EM que está afeta um profissional X o fato de um profissional Y trabalhar ou não com convênio? Os convênios não vão melhorar tão cedo. Quem só atende particular, vai continuar com seus pacientes, não precisa ter medo de perdê-los por uma certa concorrência. Pseudo nesse caso! O que se ganha com ou sem convênio deve dar sim pra viver, pode ser que você não tenha aquela casa na praia, aquele carro de 80 mil reais, mas dizer que não dá pra pagar as contas é um pouco de exagero. Acho que vocês profissionais de saúde que criticam tanto o convênio, deveriam olhar para uma classe que não tem dinheiro pra pagar um dentista particular! Sendo de material inferior ou não. Se não fosse esses dentistas o que seriam de muitas pessoas que vivem com dinheiro contado? Tem uma dor de dente e vai se entupir de remédio enquanto aguarda ser atendido pelo SUS? Eu já passei épocas usando convênio odontológico, pois era o que o meu dinheiro dava! E me ajudaram muito, pois uma dor de dente é pior que qualquer outra dor. Hoje, posso pagar particular e prefiro que seja assim. Mas vamos deixar os pensamentos de só lucro, e hipocrisia de lado, que ninguém passa fome trabalhando com convênios! Eu espero que os mesmo que criticam tanto os convênios odontológicos não possuam planos de saúde! Pague todas as consultas com médicos particulares e também aquelas cirurgias de 50 100 mil reais. O mundo não pode girar ao nosso redor!
Não sou especialista em cálculos financeiros. Portanto apontem onde estou errando em não conseguir ver lucro atendendo convênios.
Acho que os valores do exemplo abaixo estão próximos da média para a grande maioria, que como disseram acima, precisam sobreviver unica e exclusivamente dos rendimentos do seu consultório. Mas em todo caso são valores hipotéticos.
Pró-Labore: R$ 3.845,01
Que devem cobrir nossos custos com moradia, vestuário, transporte, alimentação, lazer, saúde, seguros, educação e ainda ser fonte de uma reserva financeira para nossa aposentadoria.
Como todo bom trabalhador temos o direito a 01 mês de férias, 13º sálario e 1/3 de férias remuneradas. Visto isso aplico um fator de correção de 1,11.
Pró-Labore Corrigido: R$ 4.267,96
Custos Fixo Operacionais: R$ 1.916,06
É até um valor baixo, contemplando salários de funcionários, custos profissionais, depreciação de equipamentos, seguros, contadores, internet, telefone, taxa, impostos, ações de divulgação, etc.
Como descansaremos 01 mês ao ano, novamente aplicaremos outro fator de correção. Agora de 1,09.
Custos Fixo Operacionais Corrigidos: R$2.088,51.
Trabalhando 09 horas ao dia de 2ª a 6ª feira e complementando com 05 horas aos sábados, descontando 01 dia a cada 15 para cursos teremos 182 horas disponíveis ao mês.
Porém prevemos 07 dias ao ano de falta por motivos diversos, 25% de horas ociosas ou falta de pacientes agendados, reduziremos essas horas disponíveis para: 132,36 horas/mês.
Agora já conseguiremos ter uma noção da nossa hora clínica:
(Pró-Labore+Custos Fixos)/Horas Disponíveis = R$ 48,02
Isso sem incidência de impostos.
Aqui a coisa já começou a ficar complicada. Pois só de colocar o paciente na minha frente por 30 minutos, ficar olhando a cara dele, sem mexer um dedo, já teria que receber R$ 24,01.
Agora se realizarmos uma restauração “média”. Independente de classificações e/ou localizações em duas situações:
Resina com valor de R$ 60,00.
Custos variáveis – R$ 14,25
Somando todos os matérias consumíveis. Sejam eles descartáveis ou de utilização fracionada.
Reservaríamos 60 minutos para realizar o procedimento. Englobando preparação da sala, atendimento em si e limpeza após o atendimento.
Então:
60,00 min. de hora clínica = R$ 48,02
Custo variável da restauração = R$ 14,25
Imposto de Renda = 15,0%
Total: R$ 73,26 – Com lucro “ZERO”
Aplicando faixas de lucro esse valor passaria para:
5% – R$ 77,11
10% – R$ 81,40
20% – R$ 91,57
Apenas por curiosidade, se trocarmos a resina de R$ 60,00 por uma de R$ 300,00 passaríamos o nosso custo variável de R$ 14,25 para R$ 39,02. Os demais custos permaneceriam inalterados. E com isso os honorários finais Ficariam:
5% – R$ 107,79
10% – R$ 113,78
20% – R$ 128,00
Agora analisando. Mesmo trocando uma resina por outra 400,0% mais cara, o valor do procedimento não subiu na mesma proporção. Ou seja, mais uma vez fica claro que o peso maior no custo não provem da escolha de um material mais barato.
E claro é que nenhum convenio cobre nem a metade do valor da restauração mais barata citada acima.
Marjorie, não acho que te desrespeitei em nenhum momento. Apenas o assunto em questão é polêmico e acho que afeta, como já disse, não só a mim, mas à todos os profissionais da Odontologia e por isso, por vezes, até me exalto um pouco.
Preciso e acredito que a maioria dos colegas também, além de cobrir os gastos do consultório, tirar um pró-labore para me sustentar também fora daqui e, no meu caso, dependo única e exclusivamente do meu trabalho e talvez por isso o valorize tanto.
Sendo ou não do ano passado, não acredito que qualquer valor possa ter mudado ao ponto de chegar próximo do justo, mas a escolha é de cada um, sabemos inclusive que após a união de alguns planos odontológicos, vários procedimentos sofreram ainda redução nos valores pagos aos profissionais.
Penso que deveríamos nos unir, em busca de um ideal de valorização e nessa busca, o atendimento à convênios, acredito eu, que não contribuirá jamais de forma positiva e acho que esse é um segmento que se desaparecesse do mercado favoreceria muito a Odontologia, pois traz a ilusão de que o nosso trabalho pode ser realizado e bem realizado por valores irrisórios e assim ganham, somente eles, cada vez mais.
Agora pra que eles deixem de existir ou reformulem totalmente sua tabela de honorários de forma justa, depende da atitude de cada um, mas da união de todos.
Acho que desrespeito é muito forte pra um debate nesses moldes.Como a Marjorie disse,o post do repúdio foi pesado,criticou legal a Odontoprev e acumulou comentários a milhão aqui.Aproveita a oportunidade e posta aí seu acordo salarial pra gente ver a “grande riqueza” que você está recebendo.Sei que o convênio paga umas contas ,agora se contradizer desse jeito em um mesmo assunto…vai rever suas idéias e não nos faça entrar na sua endeusando a desgraça da UNNA.
A Juliana sabe que meus comentários ativam a discussão dos temas,e agradeço o senso de ética por não me moderar nos argumentos.Nunca vou atingir ninguém pessoalmente,por Deus, somos dentistas e educados,mas comentar é um direito de todos e caso as Divas queiram um blog de “que lindo,maravilhoso,adorei,te amo…”,sai da internet ou modera todo mundo.
Não preciso postar quanto eu ganho ou deixo de ganhar, aliás, por que você está preocupado com isso??
Eu recebi o que eu esperava ganhar com os procedimentos feitos, de acordo com o que eu assinei no contrato passado. O fato de parar de atender e voltar envolveu renegociação de procedimentos: agora faço só especialidade, nesse caso a cirurgia. Não faço mais clínica geral e essa foi a condição pra voltar a atender pelo convênio. Como eu disse, foi uma REnegociação, de valores e procedimentos, logo, não saio perdendo nem com material nem com hora clínica.
Quanto ao blog lindo e maravilhoso obrigada, eu já tenho e adoro esse blog rosa. Não preciso moderar comentários desse gênero pois escrevo justamente pra isso: gerar debate, discussão. Adoro a internet e infelizmente algumas pessoas vão ter que me aturar ou simplesmente deixar de ler. A escolha em comentar é de vocês, leitores, a de escrever é minha e das minhas colegas divas.
Quanto a nos unir acho justo. Mas primeiro os dentistas precisam de uma causa que os faça ficarem unidos. Os convênios e as clínicas populares não vão mudar, e existirão dentistas sendo explorados em todos os lados. Vai da opção DE CADA UM ser explorado ou não. Como disse já em outro comentário, esse texto é dedicado aos dentistas que se propuseram a atender convênio, quem nunca atendeu ou deixou de atender não se enquadra no que escrevi.
Se vou atender convênio a vida toda? Acredito que não. Sou jovem e tenho muito tempo pela frente, mas sou a primeira dentista da família por lado de pai e mãe e preciso alcançar meu espaço. Vocês sabem que demora pra se criar uma estabilidade, e enquanto isso eu simplesmente não posso fechar as portas e ficar dormindo na cadeira esperando pacientes particulares baterem na minha porta.
Oi Marcelo! Você por aqui 😉
Vamos manter o nível, literalmente SUPERIOR, para abordar qualquer assunto postado aqui que tenha como objetivo enriquecer e engrandecer a nossa profissão.
Ah e aqui está escrito que os valores repassados pelo convênio não são “merrecas”, então dêem uma olhada no primeiro post sobre o assunto (https://odontodivas.com/2011/09/repudio-a-odontoprev.html), onde a autora do mesmo demonstra os valores recebidos por alguns procedimentos e aí cada um decide o que acha sobre os mesmos.
Quem será que tem que rever conceitos?
Quem será que tem que ter a exata noção do quanto vale o seu trabalho?
Pois é Denise, vc só não perceber que esse texto citado é do ano passado. Muita renegociação aconteceu até eu mudar o meu conceito. Agora, já que vc não paga as minhas contas por favor me respeite como pessoa antes de tudo e depois como profissional. Em nenhum momento te desrespeitei como pessoa ou profissional. É fácil jogar palavras ao vento sem saber a realidade em que as pessoas vivem.
Marcelo, concordo com vc em gênero, número e grau. Acho tbém que temos que nos posicionar diante de tanta distorção da realidade, realidade essa que traz consequências lastimáveis à todos os profissionais de Odontologia e é justamente por isso, por nos afetar também que não podemos nos calar.
Isso mesmo Marjorie : RESPEITO! Com a Odontologia, com os pacientes e com os colegas de profissão, nem todo mundo é tão idiota quanto alguns podem acreditar.
E a época da odontologia de ouro já vai ao longe.
E eu me pergunto o porquê. Mas a resposta é meio óbvia.
Agora querer me convencer que atender os malditos convênios geram algum benefício para o paciente ou o profissional já é ingenuidade demais.
Querer me convencer que com uma material “mais em conta, mas claro, não vagabundo” (hehe) resolve o problema do baixo repasse e além disso teremos outras vantagens como trabalhos particulares e novas indicações. Que o dentista é que é o mau caráter da história e que é possível fazer um trabalho bem feito. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH PÁRA NÉ?
Só falta dizer que coelhinho da Páscoa e Papai Noel existem.
Pacientes: Não acreditem nisso!
Se alguém consegue oferecer um tratamento de qualidade através de um plano odontológico é pq está pagando, do próprio bolso pra trabalhar e acredito que faça isso na ingenuidade de acreditar que vai ser compensado de alguma forma (novos pacientes particulares, rotatividade de pacientes no consultório ou qualquer outra coisa do gênero), o que não é absolutamente verdade.
A verdade é que os convênios exploram pacientes e profissionais e são os únicos a levar vantagem.
Acredito que a consciência é de cada um, dia-a-dia no consultório conscientizando os pacientes, se valorizando como profissional e elevando uma profissão tão nobre é a única maneira de mudar a realidade atual e de qualquer forma, vou continuar fazendo minha parte.
Denise,tá na cara que a colega autora resolveu “absolver” o plano dela depois do pagamento da merreca que ela recebeu .Esse lance de usar material vadio pra proteger convênio,é papo aranha,pois como você disse aí em cima,o valor é cobrado não pelo material e sim pelo tempo gasto,infra estrutura dispendida,custos envolvidos etc,etc.Se ela comprar uma resina z350 ou qualquer outra de valor mais alto,a cada 3 restaurações o preço do material já foi diluido;o resto é lucro líquido.O problema é o valor da sua hora ,que exige cálculo minucioso,principalmente em pacientes mais problemáticos que nos absorvem energia e paciência extras.
É possível que com o raciocínio de miserável,se resolva nem dar guardanapo ou babador pro coitado porque é pra baixar o custo.Os convênios não tem escapatória,todos são capitalistas e escravagistas.
Bom, em primeiro lugar não foi uma merreca que eu recebi.
Em segundo lugar, sei bem quanto custa minha hora clínica e meu material, que não é vadio, é simplificado. Faço cirurgias pelo convênio porque me convém e paga minhas contas, não você nem a Denise.
E terceiro, POR FAVOR, RESPEITO. É bom pra todo mundo.
O que eu acho mais engraçado é que nunca, quem critica convênio, ofereceu ajuda pra pagar minhas contas. E eu, graças a Deus, posso dizer que tenho um bom salário atendendo convênios.
Marcelo, querido, vc por aqui! De novo 🙂
O que eu penso é que falta a classe, como um todo, exigir melhor remuneração, um piso salarial.
O que eu acho muito chato é a grosseria com que muitos comentários são postados aqui.
Nós, do blog, respeitamos a opinião de todos os leitores e, por isso, aceitamos todos os comentários feitos, porque acreditamos que deles surjam discussões positivas.
Eu, por exemplo, atendo Uniodonto e Bradesco Dental. Muitas vezes pago pra trabalhar, mas consigo uma boa (entenda BOA) remuneração com o convênio.
Vi em um blog no Facebook, que procurarei pra postar aqui, que “ensina” como ter lucro com convênio. Eu, por exemplo, divido meus horários entre particulares e convênios; procuro fazer um trabalho bem feito para evitar repetições, etc. Uso, em alguns casos, resinas como a x350XT em pacientes conveniados pq, além de achar prazeroso o manuseio do material, penso que alguns casos merecem (fora os mimos das empresas comigo, que me fazem não precisar comprar material, por exemplo).
Eu penso que o maior problema é nos unirmos, conveniados ou não, e exigir melhoras pra uma classe inteira, não para A, B ou C.
Mais uma vez, gostei de vê-lo aqui.
É Diva…
Eu penso que, pra quem atende convênio como nós, é fundamental diminuir as possíveis repetições. Já que a remuneração não é alta e que, de certa forma, precisamos desses atendimentos, fazer bem feito, usando materiais mais em conta (mas não vagabundos) faz a diferença. Orientar e motivar o paciente a retornar para avaliações do trabalho executado idem.
O que eu vejo muito aqui na clínica é: eu atendo um paciente de convênio hj. Ofereço a ele um ambiente climatizado, música, atendo bem, faço um bom trabalho. Ele sai do convênio amanhã. E me procura quando precisa. Traz pacientes pra mim. É o meu nome e o nome da clínica que ele indica quando alguém pergunta se ele conhece algum dentista.
Tenho um paciente que leva meus cartões para a fábrica onde ele trabalha e que já me encaminhou muitos pacientes particulares!
Enquanto eu precisar de convênio, vou atender.
O meu CRO aparece tanto nos trabalhos particulares quanto nos planos odontológicos. E isso eu só tenho 1!
Parabéns pelo blog Dra. Marjorie!
Diante de tanta polemica gostaria de perguntar
Qual a solução para o problema?
Como prestar o melhor serviço odontologico a todos os pacientes e ao mesmo tempo o dentista ter remuneração justa?
O que fazer?
Os planos de saúde por ganância o governo por omissão e os dentistas por passividade estão produzindo cada vez mais casos como este em que pacientes e dentistas são vitimas. O dentista não recebe um valor justo pelo seu trabalho e o paciente não recebe um atendimento de máxima qualidade que merece.
Ok, obrigada por me esclarecer sobre o foco do texto, mas acredito que é pertinente ao assunto.
Bom, tirando você, que pelo que diz recebe realmente o preço justo pelo trabalho que presta ao convênio, aliás a única até aqui que ouço dizer isso, portanto uma exceção, não é o que ocorre com a maioria dos colegas que atende.
Continuo achando que quem atende convênio deveria repensar, pois acredito não estar tendo nenhum lucro com isso e repito, perde o profissional, perde o paciente e desvaloriza ainda mais a nossa profissão.
Pagamos caro pela nossa formação e pela nossa atualização, pagamos caro para manter nosso consultório, pagamos caro para que possamos oferecer um tratamento de qualidade aos nossos pacientes, não é possível fazer isso por uns míseros trocados e se os profissionais não conseguem entender isso, espero que os pacientes tenham essa consciência.
Bom dia!
Ótimo texto! Atendo alguns poucos convênios, dentre eles a Odontoprev, e também realizo o mesmo procedimento que em pacientes particulares (mas também infelizmente não podendo despender de materiais de primeira, como são os que uso em particulares), às vezes chegando a levar quase 1 hora em uma consulta inicial com profilaxia, que o convênio me repassa menos de 30 reais.
E aí me surge uma dúvida: é ético, praticável, justo, cobrar o tal do adicional por fora, mesmo usando o convênio?
Tenho colegas que fazem isso, utilizam apenas o material bom, atendem pelo convênio e cobram um valor adicional ao procedimento, ao mesmo tempo em que lançam na ficha do conveniado (geralmente de 25 a 50% do procedimento no particular), mas tenho receio de fazer isso e ser considerado anti-ético. Racionalmente e pensando pelo nosso lado, e pelo lado de que no consultório o tempo é dinheiro, seria uma solução prática e interessante, para realmente podermos nivelar por cima o tempo despendido com nossos pacientes, sejam os de particular ou os de convênio, dando a todos a melhor atenção e cuidado possível o tempo todo.
Seria o ideal cobrar a diferença né, mas ainda não podemos fazer isso como os médicos. No nosso caso é éticamente incorreto. O que podemos fazer é diferenciar o material. Alguns criticam essa atitude, mas se a anvisa aprovou aquele material barato é porque ele se destina aquele fim, não é discriminação. Pagamos a mais pela marca e pequenos diferenciais nelas.
Ah, eu uso z350 e charisma. Por muito tempo só usei charisma no consultório, não é uma resina ruim, no entando a outra é o dobro do valor.
Sinceramente, não sei até onde vale a pena ficar discutindo. Mas, fiquei realmente chateada ao ler esse post aqui no Odontodivas. Acho que foi um post infeliz, o texto foi fraco, com argumentos mais fracos ainda, pra não dizer banais e me parece tentar uma inversão de valores, tirando do foco a exploração vergonhosa que os planos de saúde vem cometendo contra os Cirurgiões- Dentistas e pacientes que por ingenuidade aderem a esses planos e colocando no foco o profissional, querendo dizer que simplesmente utilizando-se um material mais em conta, todo mundo pode trabalhar de forma correta pelos honorários repassados por esses planos. Isso não é verdade, a questão vai muito mais além e é muito mais profunda.
Acho que pode parecer muito bonito dizer que com pouco se consegue fazer uma odontologia de qualidade, que adoro ver as pessoas sorrindo e tal, mas quem precisa trabalhar pra sustentar a si e a sua família sabe que a “pegada” do dia-a-dia no consultório não é fácil, que temos que trabalhar muito pra conseguir manter o consultório e tirar nosso sustento e que tbém não podemos cobrar absurdos ou não sobrevivemos no mercado.
Acho que dá sim pra vc ter um preço justo, mas dentro de um mínimo que dê pra vc manter a qualidade, tanto do material utilizado, qto de toda infra estrutura, tempo e conhecimento utilizado, isso tem um preço mínimo sim, a Odontologia não é barata e ninguém faz milagre com míseros R$ 15,00 ou R$ 20,00 que a maioria dos planos odontológicos pagam por um procedimento.
Agora cabe a cada um valorizar o seu diploma, pois ele não foi achado no lixo.
Só não posso me calar diante de tal distorção da realidade.
Abraços!
Denise, esta é a sua opinião e eu respeito ela. O foco do texto não é a exploração do convênio: quem não tava contente com a situação se descredenciou, paralisou ou renegociou. Já os que ATENDEM AO CONVÊNIO O FAZEM POR VONTADE PRÓPRIA, logo não se consudera explorado. O texto é para esses colegas, pra realizarem atendimentos de qualidade. Quem não atende convênio mão precisa ler este texto, minhas próprias colegas de blog tem visão distintas sobre os convênios.
Quanto a negociações individuais, o CRO permitiu a Rede Unna a fazer isso. Creio que quem renegociou está satisfeito atendendo o convênio, e certamente não está recebendo os valores irrisórios. Quanto aos outros colegas que atendem com a tabela absurda, cabe a eles decidi o que fazer. Pode ser que precisem do pouco que recebam pra pagar as contas do dia a dia, não cabe a uma classe de profissionais julgar as razões de cada um. Assim como as trambiclinicas, que pega recém formados e repassa 20% do valor dos tratamentos. Não é todo mundo que tem pai e mãe rico pra ficar esperando a odontologia dar lucro a longo prazo. E ests é a minha opinião.
[…] E na guerra entre dentistas e convênios, perde o paciente. –> OdontoDivas […]
posto à pedido do colega que não domina bem a net:
Jose Roberto Lugo
Prezada, Marjorie Lanzarin concordo com sua ética em querer apresentar o melhor trabalho possivel para o paciente, mas voce pensou o quanto voce não é ética trabalhando por um preço vil, e ainda mais, fazendo uma concorrencia predatória contra seus colegas. As mulheres já são maioria na Odontologia e de um modo geral tem se mostrado muito eficientes, mas algumas, também talves por se contentarem com apenas “uns troquinhos” para as suas banalidades necessárias e talves até por serem o 2º salario da casa, aceitam essas migalhas oferecidas pelos convênios e ainda ficam satisfeitas. Colegas, voces são profissionais entendam isso!!! Benevolencia é muito bonito e deve ser feito para quem realmente precisa, o que não é o caso dos convênios. A nossa luta frente aos convenios, não está na conduta que o profissional deve apresentar por seu trabalho ser melhor ou pior; e sim por uma tabela de remuneração justa – CBHPO, por correções das tabelas anuais, por absurdos com relação aos Rx para pericias, por uma agilização no recebimento, por menos burocracia, etc. etc. Enfim a forma como seu texto foi colocado, ao meu ver, simplesmente enalteceu os convenios com sendo a maravilha das maravilhas. Dessa forma talves voce ainda seja convidada para garota propaganda deles.
há 9 minutos · Curtir (desfazer) · 1
Bom, exatamente como respondi no grupo colegas, colo a resposta aqui:
“Lá vou eu de novo….
1º) não trabalho por um preço vil, foi reajustado e isso está dentro do acordo do Cro com eles, logo, não há nada errado nem anti ético nisso.
2º) quem considera “concorrência desleal” o convenio deve considerar as trambi e o sus tb, pq é outro nicho de paciente no consultório, diferente do particular.
3º) não tenho intenção em ser garota propaganda de nada. Fui apenas justa com eles, q foram justos comigo depois da minha reclamação. É o lógico.
4º) a luta contra as tabelas dos convenios deve ser igualmente poporcional ao trabalho ofertado no consultório. Convênio nenhum vai aumentar a tabela de profissional ruim, concorda?
5º) é muito fácil apontar problemas, os politicos tão fazendo isso. Mas soluções pra esses problemas se consegue na prática, não gritando nem brigando e muito menos jogando palavras ao vento à vontade. Palavras não são recolhíveis mas atitudes podem ser revistas e reajustadas.
6º) uma última coisa: quando escrevi o primeiro texto busquei fundamentação para minha reclamação, direto no manual do credenciado e resoluções do CFO. O que faço hoje ainda está fundamentado, logo, questões de ética perguntem ao CRO ou CFO. Não tô fazendo nada de errado.”
Eu acho que é uma visão muito simplista dizer que utilizando uma resina de “menor custo” ou um anestésico “mais simples”, seja lá o que isso queira dizer, ou mesmo um material de consumo mais barato resolve os problemas de baixo repasse de honorários pelos convênios. No meu ponto de vista, o material de consumo nem é o que pesa mais nesse cálculo, e digo isso embasada na formação de preços elaborada por um mapa de custos do meu consultório. A hora clínica tem uma participação muito maior na formação do preço. Os custos diretos e indiretos para manter a estrutura funcionando, o custo da formação e de se manter atualizado tbém deve ser levado em conta.
Não atendo convênio e não entendo quem atende, acho que é uma desvalorização do profissional e da profissão e o que eles pagam não cobrem o custo mínimo de ninguém.
Acredito que o único jeito de tentar diminuir esse prejuízo é sim atendendo o maior número de pacientes possível e aí não tem como não cair a qualidade e mesmo assim ainda não acredito que o profissional tenha algum lucro.
Aos pacientes: NÃO CONTRATEM PLANOS ODONTOLÓGICOS! Vocês perdem como pacientes e nós perdemos como profissionais, somente quem ganha, como disse um colega acima é tão e somente as administradoras dos planos.
Aos colegas, fica na consciência de cada um, mas acho que quem atende deveria refazer as contas e repensar.
Ao rapaz que disse que acha um absurdo pagar consulta somente para o dentista dizer o quanto vai custar seu tratamento, acho que está equivocado, uma consulta envolve além do exame clínico, exame radiográfico, moldagem, discussão sobre opções de tratamento e muito mais. Assim como numa consulta médica, nem sempre saímos de lá medicados e com um diagnóstico preciso de uma doença, pois muitas vezes são necessários mais dados (exames complementares, só pra citar um exemplo). Além do que o sucesso do tratamento depende também da colaboração do paciente seguindo todas as orientações (tomar a medicação, retornar as consultas, dar continuidade ao tratamento proposto, enfim seguir todas as orientações médicas) e isso tudo também gera custos que não são cobrados na primeira consulta.
Tem muito paciente que fala mal de tratamentos anteriores, mas não assume sua própria responsabilidade na sua atual condição bucal, então tudo é muito questionável e discutível.
É isso que penso.
Como é de conveniência das empresas compradoras de plano odontológico,o prestador de serviço jamais é consultado no momento da efetiva contratação do benefício aos seus empregados.Sempre enfatizei aos conveniados, que antes de se fechar um plano tão abrangente quanto os da nossa área,seria de suma importância ouvir aqueles que seriam a linha de frente desse atendimento:nós dentistas.
Mas o grande obstáculo nessa questão,é que a própria empresa compradora do benefício ,na verdade,faz uma escolha entre aquelas operadoras que tem os valores mais ridiculamente baixos,ou seja ,o grande vilão nessa história toda é o setor de recursos humanos das empresas, que opta pelo valor mais barato por cada vida contratada.
Portanto,respondendo para o paciente injuriado com nossa classe,diria a ele que fizesse questionamentos a sua empresa no momento da contratação dos benefícios na área de saúde,pois uma consulta prévia aos cirurgiões dentistas é de suma importancia ao optar pela operadora menos pior.A Odontoprev é a pior de todas;existem melhores,sim.
Abs.
Só uma coisa: Sou a favor do pagamento da consulta, afinal o dentista diagnosticou os problemas a serem resolvidos na boca do paciente e isso foi feito a base de tempo investido em estudo.
Querer orçamento, que na verdade é diagnostico, de graça é um absurdo…
Concordo Mariana, também sou a favor do pagamento da consulta. A hora clínica tem seu valor. Abraço!
Parabéns pelo texto Marjorie.
Acredito que essa questão da relação entre o convênio e os profissionais ainda vai render muitos outros posts aqui no OD e na odontoblogosfera. Não vejo mal algum em ter dois tipos de materiais diferentes para os pacientes do convênio e os particulares. A grande diferença no resultado final vai ser a dedicação e os cuidados tomados durante a realização do procedimento.
Como bem comentou o Luiz Rodolfo, as pessoas tem suas prioridades e fazem suas escolhas. O paciente citado no post prefere pagar o seu carro do ano do que pagar o mesmo valor no seu tratamento odontológico no dentista de sua confiança.
Outro ponto legal do seu post foi a relação que vc fez com seu trabalho no SUS e não conseguir botar um preço na saúde. Se no SUS é possível de ser feito, pq não seria possível usando material mais barato e atendendo pelo convênio?
A luta continua e devemos nos unir ainda mais para que o lucro das operadoras dos convênios seja devidamente repassado aos profissionais que possibilitam a venda do “produto” delas!
Muito obrigada pelo comentário Guilherme. Muitos desses que criticam os materiais nunca trabalharam no SUS. A mesma luta que travo como conveniada era a que tinha quando era dentista do postinho. Não é porque é mais barato ou de graça que vai ser ruim. Como já disse antes, o cozinheiro do feijão com arroz é o mesmo do filé mignon! Abraço 😉
Parabéns pelo seu blog
É ótimo , por ele fique sabendo das novidades e do pensamento dos profissionais de Odontologia.
Não gostei de ter recebido o dinheiro da Odontoprev pois isso mostra que sua reclamação por ter sido a mais lida foi aceita, não é assim que as coisas deveriam funcionar entre o convênio e o profissional.
A questão da glossa de procedimentos é outro ponto, gostaria que a Odontoprev provasse quantos profissionais ela mandou na justiça por estarem roubando ela …pois foi isso que ela quis dizer quando chamou , alguns dentistas de mascarados e ladrões .
Depois dos bombeiros somos a equipe profissional que mais a população acredita e a quem tem mais respeito.
Quanto a questão de materiais filet e materiais feijão com arroz também discordo, o que existe na verdade é um bom material (na atualidade) e outro que não é…ou seja se foi aprovado pelo conselho de odontologia, sindicatos , associações e ANVISA o material odontológico serve ao seu propósito, respeitada as suas indicações e também os trabalhos publicados nas revistas pertinentes…se a marca top vende resina foto com micro partículas com um preço e a outra empresa de fundo de quintal vende por outro preço , o que muda se as duas são registradas e certificadas é apenas o valor da Marca que o pobre dentista compra e repassa o mesmo para o seu cliente.
Ou seja o que interfere realmente no trabalho do profissional e isso foi explicado de forma exemplar no seu texto é o AMOR e DESEMPENHO TÉCNICO que o mesmo tem.
Um grande abraço
Sucesso novamente e que venham mais leituras e mais acessos ao seu blog, quem dera que todos os profissionais pudessem ler sobre o assunto e realmente fazer o que vale a pena para o nosso PACIENTE/CLIENTE.
Adalberto
CRO-CE 5744
Obrigada pelo seu comentário Adalberto. Quanto ao dinheiro que recebi da odontoprev foi só pelos meus procedimentos. Meus pacientes conveniados começaram a reclamar com a operadora que eu não estava atendendo por não ter recebido, e confesso que o texto no blog ter sido lido ajudou muito: hoje meu contato com eles é muito mais facilitado. Quanto aos outros colegas sugiro que procurem o conselheiro regional pra tirar as dúvidas e que insistam pra que esse encontro acontece, caso contrario ficaremos felizes em publicar aonde este contato não está sendo realizado.
E obrigada novamente por ter entendido a essencia do texto: a de ser um “bom cozinheiro”, seja com filé mignon ou sobras do almoço. Acredito que muito poucos saibam trabalhar assim, pois nunca precisaram fazer milagres odontológicos com apenas uma cureta, e infelizmente isso a faculdade não ensina, apenas o SUS. Abraço!
Concordo plenamente com o texto, fizemos um juramento, não podemos atender pelas coxas os pacientes e eu sigo a mesma idéia, atendo da mesma forma os pacientes tanto particular qto convênio, pois fiz um juramento, mas é claro que, assim como a autora, eu tb uso as marcas feijão com arroz e não as filés mignon.. E é o justo. Qualidade no atendimento sempre, pois são vidas! Não acho certo destratar, realizar mal feito ou com poco caso. Afinal são vidas, lidamos com vidas, somos médicos da boca e sim, nossas atitudes podem ocasionar consequências graves. Muito bom o texto!
Muito obrigada pelo comentário Andressa! Acho que agora podemos criar uma outra gaveta das “dentistas que trabalham bem pelo convênio” hehehe! Abraço 😉
Bom, li e pensei muito sobre tudo. Então, aí vai minha opinião:
Os profissionais não são todos iguais. Eu atendo muito paciente de convenio (pra não dizer a maioria), e não faço diferença entre os atendimentos. Possuo apenas uma linha de material para atender a todos os públicos, e posso garantir, não é barato. São itens de qualidade, pois prefiro investir em material bom, ao inves de ter problemas com o procedimento realizado. Creio que para o paciente, o ideal é não condenar os profissionais, e sim, avaliar cada um individualmente. Se foi mal atendido, ou o procedimento não foi bom, não volte lá. É a sua opção fazer isso. Aí, talvez, o colega que o perdeu irá saber o porque caiu o faturamento do seu consultório.
E quanto ao comentário sobre a consulta médica, não concordo. Vou contar o meu caso: há 2 anos atrás, precisei tratar um probleminha de pele que tive. Passei por 4 dermatologistas (todos pagos particular). Ninguém resolveu. Eu comparecia na consulta, saia de lá com uma receita, aí não funcionava. Voltava lá, e outra receita… e nada…. Aí a quarta dermato solicitou exames mais detalhados, e aí sim, resolveu. Sair apenas com uma receita não significa que vc tenha tratado a sua doença. Em alguns casos, pode ser falta de vontade de investigar o que está havendo.
Pra concluir: avalie cada profissional separadamente. Ele atender por convenio ou particular não significa nada sobre o seu atendimento.
Marque seu horário, consulte, converse, tire suas dúvidas!!!
Dani, quanto a médico passei pela mesma coisa. A consulta com um profissional do convênio me sairia por R$21,00. Mas eu não queria consultar e sair de lá com uma receita, sem ser ouvida. Procurando no google e entre amigos, dos 5 cadastrados nenhum era adequado. Paguei particular e o médico me solicitou uma penca de exames antes de me dar um diagnóstico. Detalhe: ele está na fila pro IPÊ. Beijo!
Eu não atendo convênios justamente por não concordar com a tabela e por não me achar capaz de administrar materiais diferentes, mas respeito quem o faz.
Mas quero fazer algumas considerações, e espero que o conveniado reclamante leia e compreenda.
Somos profissionais autonomos, em sua grande maioria, sem vinculo empregatício nem garantias de recebimento. Nossas consultas devem ser remuneradas pelo tempo e material utilizado. Ainda que não se perceba, a consulta envolve custos como esterilização do material, por exemplo, o que inviabiliza fazê-la sem custo. Eu cobro um valor simbolico e costumo descontar do valor do tratamento se esse for realizado. Não gosto de comparações, médicos tem outros custos e vc pode até sair com uma receita, mas não com uma garantia de cura, que de vários fatores dependerão. Eventualmente o medico solicitará exames e só depois poderá dar o diagnóstico e o tratamento efetivo. Cada caso é um caso. Que o leitor imagine os custos de um dia inteiro somente fazendo “orçamentos” sem receber nada.
Admiro os colegas que atingiram um patamar que podem cobrar o valor que acreditam ter o seu trabalho, mas disparidades como a comentada não é regra.
Eu estou na ZN de SP, não tenho carro 2013, sou boa dentista, não sou rica, cobro consulta, não aceito convenio e gostaria que o leitor entendesse nosso lado como espera que entendamos o lado do paciente conveniado.
Tudo na vida tem dois lados. eu respeito a visão dele, mas gostaria que ele também visse o nosso lado.
O paciente deve procurar, entre os dentistas conveniados do plano odontológico que ele tem, bons profissionais, e tenha certeza de que irá encontrar, assim como encontrará maus profissionais particulares.
Em tempo: A indignação da classe com relação aos valores pagos por procedimentos está calcada justamente, no fato de elas receberem fortunas com planos empresariais e pagarem tão mal.
O leitor deve ter em mente que ele tem uma enorme arma contra estes abusos. Se reclamarem contra o mal atendimento junto ao departamento de beneficios da empresa onde trabalha, quem sabe, na hora da renovação do contrato, a força da empresa possa ajudar a melhorar o serviço prestado.
Melhor sorte para todos nós!
Abraços
Muito bom o seu ponto de vista Célia. Era justamente isso que eu queria que os profissionais e pacientes conveniados entendessem: “O leitor deve ter em mente que ele tem uma enorme arma contra estes abusos. Se reclamarem contra o mal atendimento junto ao departamento de beneficios da empresa onde trabalha, quem sabe, na hora da renovação do contrato, a força da empresa possa ajudar a melhorar o serviço prestado.” O cliente do plano não é o dentista, e sim o paciente. Beijo!
Parabéns pelo post, Marjo. Concordo plenamente. A única coisa que fico pensando é sobre as prioridades das pessoas. Como vimos, alguns preferem ter o carro do ano ao invés de pagar para ter saúde bucal. Cada um faz suas escolhas. Eu sei que certas coisas não podem ser garantidas, mas quando você paga por saúde bucal (mesmo que seja financiado) e segue as orientações do dentista, o dinheiro vale mais. O carro já desvaloriza uns 20 porcento assim que sai da concessionária. Seu tratamento na boca vai valer por toda vida e trazer saúde geral e qualidade de vida. Muita gente não enxerga assim. Outra coisa, eu li ali que bons dentistas em São Paulo são ricos? Hehehehe. Não é bem assim…
Pensei em indicar você ao paciente hehehe! Porque eu também sou uma boa dentista e não sou rica por isso hehehe!
Lendo o texto a imagem que passou foi que ambos, pacientes e dentistas, estão sofrendo juntos pela forma de trabalho da empresa. O paciente que paga mensalmente pelo plano que, apesar de barato, não o utiliza mensalmente e o dentista que recebe do plano somente quando este paciente vai ao consultório. O paciente foi feliz em seu depoimento retratar que ele paga uma mensalidade ao CONVÊNIO, pois muitos acreditam que este valor é repassado ao dentista. Também foi feliz a profissional em ressaltar que, aceito os termos do contrato, cabe ao prestador de serviço fazê-lo da melhor forma possível. O problema é quando um não está se importando nada com o outro, o paciente achando que o dentista não faz mais que a obrigação em atendê-lo ”como um rei”, pois está pagando pelo tratamento, e o dentista indignado porque está ”perdendo tempo” com um paciente que vai resultar em R$ 15,00, R$ 30,00 ou R$ 50,00 de receita. Deste jeito não tem como dar certo, o único beneficiado é a Odontoprev, que tem fonte mensal de receita do paciente e baixo custo com os dentistas.
Do que adiantaria ter muitos pacientes conveniados se não houvesse dentista para atender? Do que adianta ter dentista pra atender se estes não querem atender de forma satisfatória? Por isso que se trata de uma ESCOLHA, atender ou não os convênios, mas quando se opta pelo SIM, tem que ser cumprido. Tenho a opinião que os convênios não deveriam atender TODOS os casos, somente manutenção, cuidado, tratamentos básicos e uma tabela diferenciada para casos mais complexos e que exigissem maior custo de material ou esforço do dentista. Ou seja, como diz o depoimento do paciente, nem zero nem R$ 25 mil. Há poucos meses fiz uma cirurgia do quadril que, particular, sairia em torno de R$ 20 mil, mas como tenho Unimed, utilizei o plano. Porém, o médico cobrou uma ”diferença” por se tratar de uma cirurgia complexa e que levou quase 5 horas. O profissional teve a ESCOLHA de me atender pela Unimed e assim o fez, da melhor forma possível, sem diferenciação, mas quando se optou pela cirurgia ele também me passou essa condição. Aí eu tive a ESCOLHA de pagar a diferença ou optar por ir a outro médico que fizesse todo o procedimento pelo convênio. Escolhi pagar R$ 4 mil de diferença e fazer com este médico por ser referência neste tipo de cirurgia e por ter condições de pagar. Eu pagar o plano e ter que fazer a cirurgia particular pagando R$ 20 mil acho injusto, mas o médico ficar 5 horas me operando pra ganhar R$ 500,00 da Unimed me assusta muito mais.
Portanto, a relação com a Odontoprev deve ser revista para que nem pacientes ignorantes exijam um mega tratamento que podem nem ter direito de receber pelo convênio e nem dentistas descomprometidos e ignorantes façam parte do sistema.
Você tem toda razão Luiz. Assim como o médico que te operou teve a escolha de te atender pela Unimed você teve a escolha de ser atendido por ele, ainda mais por ser um procedimento difícil e que não aparece todo dia no consultorio dele. E a sua última frase falou tudo: “… a relação com a Odontoprev deve ser revista para que nem pacientes ignorantes exijam um mega tratamento que podem nem ter direito de receber pelo convênio e nem dentistas descomprometidos e ignorantes façam parte do sistema.”
Entendeu a essência do texto Nina, obrigada! Não consigo entender a revolta dos colegas que SÃO conveniados com as tabelas se eles querem fazer isso. Eu optei por atender, pois meu retorno é significativo. Não diferencio atendimento, mas sou obrigada a diferenciar material e deixo isso bem claro ao paciente.
Gostei da ultima frase do seu post Marjo “Se você é conveniado não discrimine seu paciente do convênio: você quis isso.” penso assim tbem, não atendo convenio porque não concordo com a tabela deles e tbem por não concordar em ter duas gavetas diferentes de material, uma pra particular e uma outra pra convenio….eu acho que que aceita atender convênios sabe antes disso o quanto vai receber por procedimento…cabe a ele aceitar ou não…o paciente não merece e naõ deve ser penalizado por isso.