Tudo bem que nós amamos a Odontologia, mas tudo tem limite né?
Por que as pessoas insistem em fazer consulta conosco na fila do açougue, na hora da musculação e, até mesmo, no chat do Facebook?
Não é uma questão de, simplesmente, achar chata a situação de ver uma pessoa abrindo a boca pra gente no meio da rua. Não é frescura ou antipatia. Como tudo na vida, isso também tem uma explicação.
Uma consulta odontológica vai além de ver os dentes. Abrir a boca e mostrar as pérolas não é consulta, não dá pra se fazer diagnóstico de nada e, muito menos, traçar um plano de tratamento.
Se no consultório já é assim, impossível de avaliar somente olhando, você imagina como é fazer isso no clube, naquele momento maravilhoso entre você, sua revista favorita e o Sol?
Não entendeu? Eu vou dar alguns exemplos:
- A cavidade bucal é pequena e escura. Logo, para uma avaliação, é necessário uma boa iluminação.
- Se você estiver em pé, o dentista não visão de todos os dentes e estruturas bucais. Sendo assim, é necessário que você esteja deitado e que o profissional disponha de instrumentos, em especial o espelho clínico, para enxergar.
- Antes de qualquer avaliação, é necessário uma limpeza da estrutura pare remoção de placa bacteriana, com pedra pomes e água. Desse modo, com a estrutura devidamente limpa, polida e brilhante, podemos avaliar manchas, lesões cariosas, qualidade das restaurações, etc.
- Uma das partes do exame clínico é palpação dos tecidos moles e verificação de mobilidade dentária. Isso é feito por meio do toque dos dedos do profissional na sua boca. Uma boa razão para isso não ser feito na fila do hortifruti é o fato de nós não andarmos com luvas na bolsa.
Você paciente, não queira economizar com isso.
Nosso conheciemnto tem um preço e nós precisamos de toda uma estrutura pra cuidar da sua saúde!
Por que não conversamos sobre a novela, sobre música, sobre o clima nos lugares públicos em vez de ficar questionando sobre sua saúde?
Ligue, marque sua consulta e tire todas as suas dúvidas!
Os dentistas ficam felizes em atendê-los da maneira correta: NO CONSULTÓRIO!
Acho que vou começar a andar com pares de luva na bolsa. Quero ver o que o vivente vai fazer quando eu colocar as luvar e enfiar a mão na boca dele no meio da rua ou na frente de todos.
Adorei !!!!!
😉
Disse tudo Juliana. Não há nada que incomode mais do que nas festinhas quando um camarada descobre que sou dentista, conta seu problema, abre a “bocarra” em cima do meu salgadinho e o pior pergunta quanto fica. Aí minha mente fica vagando e me pergunto se eles fariam isso com um ginecologista ou proctologista.
Abraço!