Eu nunca quis tanto que uma segunda feira chegasse! E estou muito feliz (me desculpem, mas é verdade) pelo final de semana estar passando rápido! 🙂

Engraçado como as sensações são estranhas… Ontem saí pra comer comida japonesa, coisa que eu amo de paixão. No caminho até o restaurante, disse ao meu marido: “Ficaremos um bom tempo sem ir à restaurantes”. Resende não tem balada, pelo menos não do tipo que eu goste. Até minha alimentação voltar ao normal e eu puder ir aos restaurantes daqui, muitos filmes, seriados e livros serão minha diversão.

Essa semana consultei com a nutricionista novamente. Ela enfatizou as dificuldades do primeiro mês pós-cirurgia e já agendou minha próxima consulta para darmos início à alimentação pastosa. Fiquei apreensiva, mas ela disse que minha perda de peso será rápida e isso já me animou.

O motivo principal que me levou a optar pela redução de estômago foi estética. Chega uma hora que nós, gordos, pensamos que tudo que nos acontece é por conta do excesso de peso. Se nos olham na rua, pensamos que é porque somos gordos. Nas relações sexuais e afetivas, de um modo geral, qualquer problema que ocorre é pelo excesso de peso. E por aí vai… Para me sentir mais bonita, optei por me tornar mais uma no grupo das “mutiladas” (porque não deixa de ser uma mutilação se levarmos em conta a existência de várias outras formas de perder peso).

O que eu vejo muito é a banalização do procedimento.

Na minha última consulta com o cirurgião, dia 25/9, conversei com uma menina de 19 anos que tem 90kg. Ela, aparentemente, é gorDINHA. Não obesa. Mas ela, conversando, disse que o pai, a mãe e a irmã fizeram a cirurgia e que chegou a hora dela fazer. Não sei sobre os problemas de saúde dela que a levaram a essa decisão, mas o pouco que conversamos me fez discordar do radicalismo.

Hj, a dois dias do meu procedimento, estou com 136kg distribuídos em 1,73m. Meu IMC é maior que 40 e isso sim é indicativo de cirurgia. Sou, de acordo com o índice, obesa mórbida grau III, embora não tenha a morbidez e mantenha minhas atividades normais, tanto físicas quanto metabólicas.

O que me falta é PACIÊNCIA para fechar a boca e malhar feito uma maluca pra emagrecer, em 3 ou 4 anos o que a cirurgia me proporcionárá em 10 meses, 1 ano. Lógico que cada escolha é seguida de uma renúncia e eu não acredito em “vida 100% normal” após um procedimento radical desse.

Acredito que os gastroplastizados aprendem a gostar da realidade que a cirurgia impõe. Trocam o prazer de comer pelo prazer de se sentirem mais atraentes, de comprarem roupas sem problemas, por se sentirem mais aceitos na sociedade em que vivem.

Comer é um vício e quem se submete à cirurgia precisa encontrar um vício diferente da comida: um esporte, dança, artesanato, música…

Segunda, dia 8/10, às 6:30, serei internada no Hospital da Unimed, em Volta Redonda. Assim que eu puder, darei notícias! Pedi ao meu marido que dissesse como estou assim que o procedimento terminar. A previsão de duração da cirurgia é de 3h.

Desde já, agradeço a todo mundo que tem rezado por mim, me apoiado e demonstrado um carinho que vai muito além da tela do meu notebook!

Todos estão no meu coração!

 

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