Olá Pessoas!

Depois de umas semanas realizando os exames necessários para a cirurgia, eis que um dia importante chegou: o dia da consulta com “A” médica que me liberaria ou não para o procedimento.

Durante esses dias fiz exames, peguei resultado de exames, fui na nutricionista e iniciei (ou retomei) meu tratamento psicológico. De todos os passos o mais difícil está sendo a sessão de terapia. As sessões são às terças feiras e eu tenho ficado mal. Explico o motivo: apesar de nunca ter sido magra, meu ganho de peso acelerou depois do falecimento do meu pai. Em 2007 eu comecei a terapia, mas não terminei. Doía muito falar sobre a perda e lidar com toda a mudança da minha vida na época. Voltei de São José dos Campos e percebi que aqui em Resende eu tinha poucos amigos. Resultado: para lidar com a perda eu precisava de amigos pra sair, conversar, esquecer um pouco o assunto. E eu estava fazendo da minha psicóloga uma amiga. Não que não fosse, mas no consultório a relação que existe é de paciente e profissional. Enfim, abandonei o tratamento, procurei aumentar meu círculo de amizades e consegui superar algumas coisas. Mas, ainda, entrar no consultório me remete ao pior tempo da minha vida e isso é algo que eu tenho que enterrar, definitivamente.

Minha psicóloga diz que o que mais a espanta é a minha “alienação” (não sei ao certo uma palavra pra usar) em relação ao procedimento. E, na última sessão, ela foi no alvo: “É um procedimento arriscado, que envolve sua vida. Talvez você não esteja preocupada porque, se você morrer, você pensa que vai encontrar com seu pai” (algo mais ou menos assim, talvez não com essas palavras). Pra mim, essa avaliação dela foi um sacode, porque depois do falecimento dele eu realmente perdi o medo. Ou melhor, não ligo de eu morrer. Apenas fico preocupada com quem deixarei aqui.

Na nutricionista, algo previsível: engordei 5Kg. Motivo? Eu, literalmente, estou me despedindo da rotina “gorda”. Não tenho me privado das pizzas, comida japonesa, queijos, vinhos, doces. Isso me abalou um pouco. No dia que saí da consulta, fiquei mal ao me olhar no espelho. Tive uma crise de choro e foi onde a ansiedade aumentou. Depois daquele dia a vontade de fazer a cirurgia só aumentou. Conversamos a respeito do pós operatório, da dieta líquida, do não mastigar por 1 mês, da reeducação forçada e, com isso, minha visão sobre o todo mudou. A consciência da dificuldade, da irritabilidade, das privações tomou conta de mim. Eu acredito que esse períoodo será recompensado com a perda de peso e o aumento da auto estima. Penso que a vontade de mastigar e a irritação por não poder comer será amenizada com os quilos perdidos.

Rumo aos quilos a menos!

Ontem, dia 31/08, levei meus exames para a médica clínica responsável pela liberação para o procedimento. Meus exames estão normais e estou liberada para fazer a gastroplastia. A endoscopia revelou lesões ulceradas no meu esôfago e a biópsia do estômago, uma gastrite crônica. Dra. Isis me disse que é pra eu desconsiderar essa gastrite, porque em toda biópsia do estômago ela está presente, até mesmo em virtude da contaminação, do ambiente, anatomia, etc. Iniciei o uso de Omeprazol e, para elevar a taxa de ferro no organismo (que não está baixa, mas pode melhorar para a cirurgia) um remédio usado em gestantes – Materna.

O procedimento escolhido foi o Sleeve, onde há uma redução somente do estômago, sem desvio de intestino.

Já estou com o pedido do risco cirúrgico e pegarei o laudo da nutricionista e da fisioterapia para a próxima consulta com o cirurgião. Dra Isis disse que acredita que em meados de outubro eu opere. Depois da consulta com o Dr. Flávio Garani, o cirurgião, o que mais demanda tempo é a liberação da Unimed.

Estou muito ansiosa e isso tem refletido na minha qualidade de sono e em algumas manifestações clínicas – dermatite e herpes labial.

Não vejo a hora de mudar minha vida! Estou confiante e muito feliz com todo o apoio que tenho recebido dos meus familiares e amigos!

Um beijo e até a próxima!

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